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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu uma consulta pública para discutir a possível inclusão do medicamento Tibsovo (ivosidenibe) na cobertura obrigatória dos planos de saúde. Esse medicamento é indicado para o tratamento de colangiocarcinoma, um câncer raro e agressivo que afeta as vias biliares.
Segundo a ANS, o Tibsovo é indicado para pacientes adultos com câncer localmente avançado ou metastático, que apresentem mutação no gene IDH1 e já tenham sido tratados com pelo menos uma linha anterior de terapia sistêmica.
A agência destacou os resultados do estudo Claridhy Trial, publicado no The Lancet em 2020, que demonstraram que o uso do ivosidenibe reduziu em 63% o risco de progressão ou óbito em pacientes com essa mutação específica. Seis meses após o início do tratamento, cerca de 30% dos pacientes que usaram o medicamento não apresentaram progressão da doença, enquanto todos os pacientes do grupo não tratado já haviam apresentado progressão nesse período.
O colangiocarcinoma é um tipo de câncer raro que afeta os ductos biliares, tanto no fígado quanto fora dele, representando cerca de 15% dos tumores hepáticos primários. Embora o Instituto Nacional do Câncer (Inca) indique que menos de cinco pessoas a cada 100 mil habitantes no Brasil são afetadas por esse câncer, muitos pacientes são diagnosticados em estágios avançados devido à falta de sintomas específicos nas fases iniciais.
A ANS afirma que o Tibsovo oferece uma oportunidade terapêutica para pacientes com mutação em IDH1 e colangiocarcinoma avançado/metastático, um grupo que, até então, não tinha tratamento-alvo disponível. O medicamento foi aprovado pela Anvisa em abril de 2024 e começou a ser comercializado em setembro do mesmo ano, além de já ter sido aprovado em outros países como nos Estados Unidos, na Europa e na Oceania.
A consulta pública permanece aberta até o dia 25 de fevereiro e é a última etapa antes da recomendação final da ANS sobre a inclusão do medicamento na cobertura dos planos de saúde. Para participar, os interessados podem acessar a plataforma da consulta pública.
Fonte: Agência Brasil