Política

POLÊMICA

Rejeição à PEC da Blindagem e à anistia amplia pressão sobre a Câmara

Nos bastidores, líderes do centrão tentam construir uma saída intermediária em diálogo com PT e parte do PL

Da Redação

Domingo - 21/09/2025 às 09:58



Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados Câmara dos Deputados
Câmara dos Deputados

A polêmica em torno da chamada PEC da Blindagem e do projeto que discute anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro tem provocado desgaste político e colocado a Câmara sob vigilância redobrada da opinião pública.

De acordo com a colunista Letícia Casado, do UOL, a insatisfação não parte apenas da oposição: setores do centrão e até partidos da base governista manifestam resistência. Uma anistia ampla a Jair Bolsonaro (PL) e a outros condenados é considerada improvável, já que enfrenta barreiras tanto no Planalto quanto no Supremo Tribunal Federal (STF), que poderia derrubar a medida mesmo se aprovada.

Enquanto isso, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde fevereiro, mantém a defesa da anistia total ao pai. Já o relator do projeto, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), rechaçou a possibilidade: “a anistia ampla está fora de cogitação”, declarou.

Nos bastidores, líderes do centrão tentam construir uma saída intermediária em diálogo com PT e parte do PL: reduzir penas sem beneficiar diretamente o ex-presidente, alternativa debatida desde 2024.

Reação à aprovação da PEC da Blindagem

A aprovação da PEC e o pedido de urgência na tramitação da anistia desencadearam forte reação de juristas e especialistas, que apontam risco de facilitar a infiltração de organizações criminosas, como PCC e Comando Vermelho, no sistema político. A expectativa é de que o texto encontre maior resistência no Senado.

O episódio tem sido descrito como a maior tentativa de enfraquecimento das leis anticorrupção desde a redemocratização.

Mobilização nas ruas com apoio de artistas

Em resposta, movimentos sociais e partidos de esquerda marcaram protestos para este fim de semana em várias capitais. Em Teresina, o ato acontece a partir das 9h, com concentração na Praça Pedro II, centro da Capital.

Pressão nas redes sociais

A repercussão também se intensificou nas redes. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou a PEC, apesar de 90% da bancada do partido ter votado a favor.

Parlamentares que apoiaram o texto têm enfrentado reações negativas. O petista Kiko Celeguim (SP) disse estar arrependido de seu voto, enquanto o pedetista Mauro Benevides (CE) precisou se justificar publicamente. Já Pedro Campos (PSB-PE) publicou vídeo anunciando mudança de posição e prometendo acionar o STF contra a proposta.

Fonte: Brasil 247

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