Política

INVESTIGAÇÃO

PF aponta que Bolsonaro burlou STF e enviou mais de 300 vídeos no WhatsApp

Ex-presidente teria usado redes de terceiros durante manifestações para driblar proibição imposta por Alexandre de Moraes, diz relatório

Da redação

Quinta - 21/08/2025 às 16:52



Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES PF diz que Jair Bolsonaro burlou uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ao encaminhar mais de 300 vídeos pelo WhatsApp
PF diz que Jair Bolsonaro burlou uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ao encaminhar mais de 300 vídeos pelo WhatsApp

A Polícia Federal (PF) concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro burlou uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ao encaminhar mais de 300 vídeos pelo WhatsApp, no dia 3 de agosto, durante manifestações em várias cidades do Brasil. O envio de mensagens ocorreu mesmo após determinação do ministro Alexandre de Moraes que proibia Bolsonaro de usar redes sociais próprias ou de terceiros, configurando, segundo os investigadores, tentativa de driblar a Justiça.

De acordo com o relatório da PF, Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram indiciados no caso que envolve sanções impostas pelos Estados Unidos. Durante as apurações, o celular do ex-presidente foi apreendido, revelando o fluxo intenso de compartilhamentos.

No dia 3 de agosto, além de divulgar os atos pró-Bolsonaro, os vídeos também abordaram a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes. Para os investigadores, a prática se assemelha ao funcionamento das chamadas “milícias digitais”.

“A título exemplificativo de demonstração do modus operandi equiparado às milícias digitais, a investigação detalhou o compartilhamento e a dinâmica de algumas das mensagens apresentadas na tabela anterior, referente às manifestações em Salvador/BA, em que as mensagens em questão foram compartilhadas ao menos 363 vezes pelo WhatsApp do ex-presidente”, destacou o relatório.

A PF concluiu que os conteúdos serviram para burlar a decisão do STF e manter a atuação política do ex-presidente por meio de canais de terceiros.

Fonte: Agência Brasil

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