
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha nos dias 11 e 12 de agosto deste ano, com 2.002 entrevistados em 113 municípios brasileiros, revelou que 51% da população aprova aprisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, 53% dos entrevistados consideram que Moraes tem agido dentro dos limites da lei. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A prisão domiciliar de Bolsonaro foi decretada em 4 de agosto de 2025, após o ex-presidente descumprir medidas cautelares impostas anteriormente, incluindo a proibição de utilizar redes sociais, direta ou indiretamente. Segundo o ministro Moraes, Bolsonaro teria feito uso indireto de redes sociais para veicular mensagens que configuram tentativa de coação ao STF e obstrução da Justiça.
A decisão de Moraes gerou reações diversas entre os brasileiros. Enquanto 51% apoiam a prisão domiciliar, 42% discordam da medida. Além disso, 43% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro está sendo tratado de forma mais severa pelo Judiciário em comparação a outros políticos, enquanto 37% consideram que ele está sendo tratado de maneira igual e 13% acreditam que está sendo tratado com mais benevolência.
A repercussão da prisão foi ampla, com 87% dos eleitores afirmando ter tomado conhecimento do caso. Desses, 30% se consideram bem informados, 42% mais ou menos informados e 15% dizem saber pouco sobre o assunto.
A defesa de Bolsonaro nega as acusações e afirma que ele é vítima de perseguição política. O julgamento do caso no STF está previsto para começar em setembro de 2025.
Em possível resposta à prisão, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e revogou o visto de Moraes, além de incluí-lo na lista de sanções da Lei Magnitsky, alegando violação de direitos humanos. No entanto, a maioria dos brasileiros discorda dessa avaliação.
A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou uma diligência externa à residência de Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar no Condomínio Solar de Brasília, para verificar as condições em que se cumpre a medida e assegurar o respeito aos direitos assegurados a todos os cidadãos brasileiros.
Fonte: Datafolha