Economia

MERCADO DE TRABALHO

Brasil deve fechar 2025 com saldo de 1,5 milhão de empregos formais, diz ministro Marinho

Ministro do Trabalho destacou impacto dos juros altos e medidas para enfrentar tarifaço dos EUA

Da Redação

Quinta - 25/09/2025 às 12:09



Foto: valter Campanato/Agência Brasil Luiz Marinho
Luiz Marinho

O Brasil deve fechar ao no com a criação de 1,5 milhão de novos empregos formais. O dado foi anunciado pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, durante o programa Bom Dia, Ministro desta quinta-feira (25), transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

"Na segunda-feira (29) eu vou anunciar o Caged de agosto. Vem crescendo de novo, mas abaixo do ritmo que vinha crescendo anteriormente. Mês passado já cresceu abaixo do ritmo. Evidente que o final do ano sempre tem as compras natalinas e demais. Será um bom (último) trimestre, acredito que o crescimento do PIB está garantido. Este ano acho que está dado, vamos ter um saldo da ordem de 1,5 milhão de empregos formais no Brasil”, disse o ministro

Mesmo com a menor taxa de desemprego da história, com taxa de desocupação no trimestre encerrado em julho em para 5,6%, segundo o IBGE, para Luiz Marinho o cenário de juros altos praticados no Brasil impede um crescimento maior do número de empregos.

"Nós precisamos de uma economia forte, crescendo. Temos hoje um limitador que se chama juros praticado. O impacto dos juros é maior do que o tarifaço do (Donald) Trump (presidente dos Eatados Unidos). O tarifaço impacta setores específicos. Os juros impactam toda a economia”, afirmou

“Eu acredito que o Banco Central, nas próximas reuniões, não venham com novos aumentos de juros. É uma irresponsabilidade até do Banco Central em manter os juros no patamar que estão. Isso leva, quando se retoma o processo de aceleração, do crescimento de novo, a possibilidade desse movimento continuar. Aumenta a formalidade em relação à informalidade (de empregos). É isso que nós precisamos: da economia sempre forte e organizada para ter esse movimento”, explicou Marinho

Tarifaço

Para o ministro, com o Plano Brasil Soberano e a abertura de novos mercados no exterior aos produtos brasileiros, o País está preparado para enfrentar os impactos no mercado de trabalho das tarifas adicionais de 50% dos Estados Unidos, em vigor desde agosto.

"O impacto do tarifaço está sendo bastante amenizado pela eficiência do governo do presidente Lula em agir muito rapidamente, primeiro abrindo mercado, que é a melhor solução. Segundo, colocando recursos à disposição, que muitas vezes a empresa acaba conseguindo administrar a situação sem necessidade de ações mais extremadas. Então, creio que nós estamos passando bem”, disse Luiz Marinho

O Plano Brasil Soberano é uma Medida Provisória que prevê financiamento de R$ 30 bilhões para compensar prejuízos de exportadores afetados pelo tarifaço norte-americano. Prevê uma série de ações para compensar os exportadores afetados pelo aumento das tarifas, como linhas de crédito; prorrogação de prazos do regime de drawback; compras públicas; aportes a fundos garantidores de crédito; ampliação do Reintegra e prorrogação de prazos tributários.

“O presidente Lula, em dois anos e oito meses, abriu 437 novos mercados para os nossos produtos. Então isso amenizou e resolveu o problema de muita gente aqui. Mas tem aqueles que, eventualmente, não conseguem na rapidez colocar no mercado internacional, porque trabalhava exclusivamente para o mercado americano. É o caso de algumas empresas de eletrônica, autopeças, armamentos, Segurança. Você até vai substituir, você leva algum tempo para a substituição. Então para essas empresas, tem o Brasil Soberano, desde recursos disponíveis de crédito, bastante vantajoso para essas empresas, para que elas acessem o BNDES. O BNDES já está pronto, o Ministério do Trabalho soltou, a portaria na semana passada, e o BNDES já está cadastrando as empresas que tenha interesse e necessidade de fazê-lo”, explicou.

O Ministério do Trabalho está aberto também para eventuais acordos trabalhistas, acordos coletivos, envolvendo o sindicato, envolvendo as empresas. Isso tem baixa procura até agora. Tem algumas consultas, mas nada de concreto das empresas que queiram fazer. Os acordos coletivos têm várias possibilidades colocadas, a depender da situação, se está mais agravada ou menos agravada de cada empresa”.

Fonte: GOV.BR

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