Conciso

Conciso

Saber escolher

Sexta, 26/10/2018 às 13:10



Foto: DCM Haddad
Haddad

“Se o bem e o mal existem você pode escolher...” esta parte da música composta por Roberto e Erasmo Carlos e cantada com muito sucesso pela banda Titãs nos mostra, sutilmente e despercebido, a tomada de decisão mais importante do ser humano. Não obstante o título da canção chamar-se “É preciso saber viver”. 

Mas por que, em plena era da informação rápida e acessível, ainda devemos chamar atenção para essa dicotomia? Os muitos exemplos trazidos pela história da humanidade já não bastam? Nas passagens bíblicas, os profetas nos mostrando como deveríamos agir, de acordo com a vontade de Deus, não seria uma luz? 

Ou até mesmo o exemplo daquele considerado como o maior homem de todos os tempos. O “verbo que se fez carne”, o “caminho, a verdade e a vida”, nosso senhor Jesus Cristo, que habitou entre nós e pregou o amor entre os povos. Pois o mesmo resumiu todos os mandamentos do Pai no “amai uns aos outros assim como eu vos amei”. Sem dúvida alguma, esse foi o maior exemplo de bondade, por isso não há como ser cristão e não optar por fazer e ser o bem. 

Contudo, mesmo com todos esses exemplos e informações, as pessoas estão preferindo a maldade. Mais aterrorizante e a nos causar náuseas é a satisfação delas em praticá-la, ocorrendo até um prazer. Estudos apontam o quanto o homem pode ser mal quando provocado, bastava apenas obter a justificativa para exercer essa maldade e não teria remorso algum a posteriori. 

Foi assim que Adolf Hitler disseminou sua maldade. Este, que é considerado um dos personagens mais abjetos de todos os tempos, nutria um ódio fora de série por judeus, homossexuais e negros. Acreditava piamente que eram de uma raça inferior e, por isso, deveriam ser exterminados. O resultado desse ódio foi a segunda grande guerra, holocausto a destruição de cidades e países. 

Atualmente, no Brasil e em nosso meio social, observamos a maldade. Não irei tecer comentário sobre a criminalidade existente, pois há uma nítida guerra e já não podemos afirmar com toda a certeza quem vem a ser o bem e o mal nela. Tendo em vista o comportamento incorreto e corrupto daqueles que, teoricamente, deveriam zelar pela bondade. 

Quando você opta por agredir alguém mais fraco, desrespeitar uma pessoa idosa, deixar de dar assistência a filhos, desejar a morte, torturar, barbárie e ditadura, tenha a ciência de que estás a escolher o lado mais cruel, porque de certo haverá sofrimento em decorrência dessas atitudes. E não adianta procurar justificativa no “contexto”, você estará agindo fora dos propósitos de Deus. 

Assim, desejo que você saiba discernir e usar da sensatez nas suas escolhas. Principalmente neste momento político decisivo, onde visualizamos claramente quem defende o lado tendente ao correto (civilidade) contra aqueles que não aceitam o diálogo e tampouco a discórdia (barbárie). Escolher alguém intolerante é saber que esse mal um dia virá contra você ou alguém muito próximo, depois não adiantará lamentações e arrependimentos. 

Pois a música que deu início a este texto nos dá outro recado “é preciso ter cuidado, pra mais tarde não sofrer”. Tenha bom senso, escolha a civilidade e democracia. 

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Joaquim Lourenço

Joaquim Lourenço

Joaquim Lourenço é licenciado em Letras pela Universidade Federal do Piauí e advogado pela FAP Mauricio de Nassau

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