Conciso

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Ele é a barbárie

Quinta - 04/10/2018 às 13:10



Foto: Latuff Imagem ilustrativa
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Esta última semana do primeiro turno das eleições presidenciais está mais do que decisiva, os nervos estão passando o limite do aceitável. A polarização das últimas eleições entre PT e PSDB não se repetiu nesta e, por incrível que possa aparecer, conseguiu ficar pior. O PT, apesar de todo arsenal midiático contra, mantém-se como o partido preferido de 29% dos brasileiros, enquanto seu antagonista praticamente desapareceu do cenário político.

Contudo, no lugar entrou o representante da barbárie. Elencarei alguns dos motivos nos quais me fazem afirmar essa assertiva.

Estamos falando daquele deputado que em 27 anos de mandato pouco produziu, foram apenas duas leis aprovadas. Nunca presidiu uma comissão, acredito que nem do armamento. Que no púlpito da Câmara falou não estuprar uma colega porque ela não merecia. Que já chamou uma repórter de vagabunda e idiota porque a mesma não concordara com seu ponto de vista.

O deputado defensor da diminuição do salário da mulher porque ela engravida. O parlamentar que afirmou em alto e bom tom não servir pra nada o parlamento brasileiro, daria um golpe e o fecharia no dia seguinte a sua posse de presidente. O homem público defensor da ditadura militar e da tortura, a qual afirmou ser amena quando ocorreu no Brasil. Já afirmou que os refugiados são a escória do mundo.

Ao se dizer cristão, não poupa as pessoas dos clichês para matar os de classe social menos favorecidas. Porque para sujeitos como esse deputado, ser pobre é sinônimo de ser bandido e se for da raça negra é que sua concepção piora, a tal ponto de afirmar que pesam em arroubas. Falando abertamente para uma cantora negra que seus filhos jamais namorariam uma mulher de pele escura, pois foram bem educados.

Esse sujeito, além de confessar não entender nada de economia, diz-se patriota mas defende a entrega das riquezas brasileiras para os americanos, onde foi público ele fazendo continência à bandeira americana. O parlamentar defensor da pedagogia da porrada no filho caso o mesmo tenha trejeitos homossexuais e já afirmou a existência de uma ditadura gayzista no país.

Auto proclama-se honesto, porém sempre se perde ao explicar o depósito de R$ 200 mil feito na sua conta, que devolveu ao partido e depois pediu de volta. Que tendo casa recebe auxilio moradia pra comer gente. Que seu patrimônio é incompatível ao seu salário de deputado, ocorrendo um crescimento exponencial nos últimos anos. E que não abre mão de seus privilégios como parlamentar, mas afirma que o bolsa família é para sustentar vagabundo.

Esse deputado é ovo do fascismo chocado. Seu discurso de ódio é consequência de todo o arsenal jurídico-midiático produzido para desmerecer o partido vencedor das últimas 4 eleições presidenciais. E esse sujeito, segundo as últimas pesquisas, está liderando a disputa para chefe do executivo. Onde nada está decidido.

Que a civilidade vença a barbárie.

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Joaquim Lourenço

Joaquim Lourenço

Joaquim Lourenço é licenciado em Letras pela Universidade Federal do Piauí e advogado pela FAP Mauricio de Nassau

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