Saúde

ALERTA

Piauí é o 3º estado com maior número de casos da doença falciforme

Somente em Teresina foi registrado 284 internações hospitalares em decorrência da doença no ano passado

Da Redação

Terça - 18/06/2024 às 13:28



Foto: Imagem ilustrativa Em adultos, a doença falciforme pode ser detectada por meio do exame eletroforese de hemoglobina
Em adultos, a doença falciforme pode ser detectada por meio do exame eletroforese de hemoglobina

O Ministério da Saúde definiu a data de 19 de junho como o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme. A doença falciforme é considerada a enfermidade genética mais comum no Brasil, com expressiva mortalidade e morbidade, podendo reduzir a capacidade de trabalho e expectativa de vida. O Piauí é o terceiro estado com maior incidência de casos, com 6,23/ 100 mil habitantes.

Somente em Teresina, durante todo o ano de 2023, a doença falciforme foi responsável por 284 internações hospitalares. Em primeiro lugar com maior número de casos está a Bahia, com 9,46  casos a cada 100 mil habitantes. Em terceiro lugar fica São Paulo, com 6.52 a cada 100 mil.   

Em alusão à data, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) alerta a população sobre a condição, que pode ser detectada ainda na infância e acompanhada pelos serviços do SUS, garantindo uma melhoria na qualidade de vida aos seus portadores.

O que é doença falciforme?

Trata-se de uma doença hereditária, ou seja, que pode ser passada de pais para filhos.   A doença é caracterizada por uma mutação no gene que produz a hemoglobina (HbA), fazendo surgir uma hemoglobina mutante denominada S (HbS), que é de herança recessiva.

"Na maioria dos casos, os pais são portadores do gene sem apresentar a doença", comenta a infectologista da FMS Amparo Salmito. Dentre os sintomas, estão anemia, pés e olhos amarelos, inchaço nos pés e mãos, episódios repentinos de dores intensas, infecções mais severas especialmente em crianças, entre outros.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da doença falciforme é feito em todas as maternidades do município, por meio do teste do pezinho, que deve ser realizado entre o terceiro e quinto dia de vida. No caso de adultos, ela pode ser detectada por meio do exame chamado eletroforese de hemoglobina, também ofertado pelo SUS.

Amparo Salmito esclarece que o acompanhamento de casos mais simples é feito pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde serão encaminhados para os centros de especialidade conforme a idade - Hospital Lucídio Portela até os 16 anos e Hemopi acima dos 16. 

“Casos de dor intensa ou sintomas muito importantes devem buscar atendimento hospitalar”, orienta.

Nas UBS, a abordagem é iniciada desde as consultas de pré-natal, acompanhando o crescimento das crianças na puericultura, com orientações sobre a realização do teste do pezinho e fazendo a promoção da saúde para os pacientes diagnosticados com orientação de hábitos saudáveis, saúde bucal, atenção à saúde da mulher e do homem; além de verificar se o acompanhamento especializado de forma recorrente está sendo realizado e o uso correto das medicações diárias.

Amparo Salmito ressalta que o tratamento consiste em se manter muito bem hidratado, procurar atendimento médico se iniciar um quadro infecioso e realizar acompanhamento especializado com hematologista de rotina.

 “O paciente não pode deixar de usar medicações para controle e prevenção de crises”, alerta a médica.


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