Política

UNIÃO PROGRESSISTA

União Brasil e PP oficializam ‘superfederação’ com 109 deputados e 1,3 mil prefeitos

Antes da formalização, as siglas aprovaram, em reuniões separadas, o estatuto da federação, que define o funcionamento e a atuação do grupo

Da Redação

Quarta - 20/08/2025 às 09:37



Foto: Sidney Lins Jr. / Agência Liderança Ciro Nogueira e Antônio Rueda
Ciro Nogueira e Antônio Rueda

Uma convenção conjunta oficializou nesta terça-feira (19) a criação da federação partidária entre União Brasil e Progressistas (PP), consolidando a chamada União Progressista como a maior aliança política do país.

Antes da formalização, as siglas aprovaram, em reuniões separadas, o estatuto da federação, que define o funcionamento e a atuação do grupo. Com o documento aprovado, a aliança dará entrada no registro formal junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos próximos dias.

Estrutura

A União Progressista terá a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, além de mais de 1,3 mil prefeitos, sete governadores e o maior volume de recursos públicos para campanhas eleitorais, chegando a quase R$ 1 bilhão em fundo eleitoral e R$ 197 milhões em fundo partidário (valores de 2024).

No Senado, a filiação da senadora Margareth Buzetti ao PP deve elevar a bancada da federação para 15 parlamentares, tornando-a a maior da Casa.

Posicionamento político

Durante o evento, lideranças destacaram que a federação atuará de forma crítica ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), afirmou:

"Um partido com a musculatura do União não pode acanhar nossas lideranças políticas. Partido tem que ter lado, tem que ter rumo. Tem que ter posição clara. Para vencer a crise que o Brasil tem hoje, a gente sabe que o partido tem que colocar alguém que tenha uma posição clara."

O senador e presidente do PP, Ciro Nogueira, disse que a federação nasce como um eixo de sustentação democrática:

"Se a política é um organismo, se a política é um corpo, nós temos grandes nomes, mas talvez não seja a hora de sermos a cabeça. Não seremos também os braços coordenados a estar num extremo ou de outro. A União Progressista nasceu para ser a espinha dorsal da democracia brasileira."

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também destacou a importância da federação:

"Eu tenho certeza que o Brasil aguardava muito esse passo, aguardava a esperança. Esperança que, agora, seremos capazes de contar com mais uma força para discutir temas mais relevantes."

Candidaturas e comando

O estatuto da federação estabelece que as candidaturas para presidente e vice em 2026 serão decididas pelo comando nacional da aliança, a partir das indicações de cada partido. Até o fim de 2025, a direção será compartilhada entre Antonio de Rueda (União) e Ciro Nogueira (PP), sendo que, entre 2026 e 2029, Rueda ficará com a presidência e Nogueira com a vice-presidência.

Outros nomes na direção nacional incluem ACM Neto, Arthur Lira, Davi Alcolumbre, Pedro Lucas Fernandes, Cláudio Cajado, Ricardo Barros e Dr. Luizinho.

Relevância política

A federação surge como uma nova força no Congresso, com capacidade de influência sobre recursos eleitorais e articulação política nacional. Segundo Antonio de Rueda, a união das siglas representa uma multiplicação de forças:

"Essa federação não é uma mera soma de números; é uma multiplicação de forças, uma sinergia que nos posiciona como a maior potência política do Brasil, com acesso aos maiores recursos do fundo eleitoral e partidário para impulsionar nossas ideias."

Apesar das críticas ao governo Lula durante o evento, o estatuto não impede a participação de membros do União e do PP na administração federal, mas o tema será discutido posteriormente.

Fonte: G1

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