
No mês de julho de 2025, a China registrou um recorde histórico de importações de soja, totalizando 11,67 milhões de toneladas, conforme dados da Administração Geral das Alfândegas. Desse total, 10,39 milhões de toneladas, ou 89%, foram adquiridas do Brasil, representando um aumento de 13,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em contraste, as importações dos Estados Unidos caíram 11,5%, somando 420.874 toneladas, comparado às 475.392 toneladas de julho de 2024.
No acumulado de janeiro a julho, a China importou 42,26 milhões de toneladas de soja brasileira, uma redução de 3% em relação ao ano anterior. Durante o mesmo período, os embarques dos EUA totalizaram 16,57 milhões de toneladas, um aumento de 31,2% em comparação com 2024.
Incertezas comerciais
A crescente preferência chinesa pela soja brasileira é atribuída à forte oferta do Brasil e às incertezas comerciais com os EUA, que têm incentivado a formação de estoques. Além disso, a China não realizou pré-compra da próxima safra de soja dos EUA devido às altas tarifas, o que representa um atraso incomum no comércio entre os dois países.
Em julho, a China também importou 561.027 toneladas de soja da Argentina, totalizando 672.630 toneladas no acumulado de janeiro a julho, marcando um aumento de 104,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Enquanto isso, as importações chinesas de milho e trigo apresentaram quedas significativas em julho. As compras de milho somaram apenas 60 mil toneladas, uma redução de aproximadamente 95% em relação ao mesmo mês de 2024. As importações de trigo também diminuíram 48,3%, totalizando 410 mil toneladas no mês.
Esses dados mostram uma mudança nas estratégias de abastecimento da China, com foco crescente na soja brasileira e redução nas compras de outros produtos agrícolas, como milho e trigo.
Fonte: G1 e InfoMoney