
O gás de cozinha vai ficar mais caro no Piauí a partir de segunda-feira (15) e o botijão de 13 quilos pode chegar até R$ 130. Segundo o Sindicato dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo do Piauí (Sindirgás) o aumento será entre R$ 5 e R$ 10, a depender da região e é previsto para o mês de setembro devido ao dissídio coletivo das distribuidoras nacionais, que elas repassam ao consumidor.
“Anualmente tem esse aumento referente ao dissídio das distribuidoras. O aumento que deve chegar ao consumidor é de R$ 5 a R$ 10 mais caro. Cada distribuidora tem sua política de preço e alguns começaram mais cedo, outros devem repassar ao longo do mês”, explica Thiago Brasil, vice-presidente do Sindirgás.
O reajuste anual é considerado necessário pelo setor para garantir a manutenção dos serviços logísticos e operacionais, fundamentais para o abastecimento regular das residências e estabelecimentos comerciais. Fora o dissídio coletivo, o setor não espera que ocorra outro aumento do gás de cozinha em 2025.
Programa Gás do Povo
O aumento do preço do gás de cozinha não deve atingir a camada mais pobre da população porque o presidente Lula lançou na quinta-feira da semana passada (4.09), o Programa Gás do Povo, que garante gratuidade no botijão de gás de cozinha para as famílias brasileiras em situação de vulnerabilidade.
A iniciativa vai ampliar para 50 milhões de pessoas, aproximadamente 15,5 milhões de residências, o acesso ao benefício, o triplo do Auxílio Gás.
A estimativa é que 65 milhões de botijões de gás sejam distribuídos gratuitamente, por ano, para as famílias inscritas no Cadastro Único. O investimento do Governo do Brasil para 2025 é de R$ 3,57 bilhões, já previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA), enquanto a estimativa para o próximo ano é de R$ 5,1 bilhões.
O acesso ao gás de cozinha promove justiça social, promove a saúde e amplia a segurança alimentar da população de baixa renda. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a importância da ação, uma das maiores de acesso ao cozimento limpo do mundo, durante o lançamento do Gás do Povo, em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (4.09).
“Todo mundo tem que ter direito a comer e, para isso, precisa ter direito ao alimento e depois ao gás para cozinhar. É por isso que estamos tentando mostrar que o que falta nesse país não é dinheiro, é tratar o povo com o respeito e a decência que o povo brasileiro precisa”, enfatizou o presidente Lula.
O benefício contemplará as famílias inscritas no Cadastro Único, com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 759), com prioridade para quem recebe o Bolsa Família. Quem recebe o Auxílio Gás continuará recebendo o valor do benefício enquanto a migração estiver em andamento.