
A música popular brasileira passa a ter dois de seus maiores nomes reconhecidos oficialmente como patronos. A Lei 15.204, de 2025, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na quinta-feira (11), declara Lupicínio Rodrigues (1914–1974) e Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha (1897–1973), patronos da MPB.
O título é atribuído a brasileiros que, após sua morte, se destacaram por sua excepcional contribuição à cultura nacional.
Lupicínio Rodrigues: a dor-de-cotovelo em canções
Nascido em Porto Alegre em 1914, Lupicínio Rodrigues é reconhecido como o criador do estilo “dor-de-cotovelo”, caracterizado por canções que traduzem desilusões amorosas com grande profundidade poética. Músicas como "Felicidade" e "Nervos de Aço" foram interpretadas por grandes nomes da música brasileira e continuam no imaginário popular.
Sua primeira composição, "Carnaval", foi feita aos 14 anos. Ele também é autor do hino do time de futebol de seu coração, o Grêmio. Apesar de ter rodado o Brasil em viagens a trabalho ou a passeio, Lupicínio nunca morou em outro estado, mantendo seu forte vínculo com o Rio Grande do Sul. O músico, que deixou um legado de cerca de 150 canções, faleceu aos 59 anos devido a problemas cardíacos.
Pixinguinha: o mestre do choro
Alfredo da Rocha Vianna Filho, mais conhecido como Pixinguinha, é um dos maiores nomes da música brasileira. Nascido no Rio de Janeiro em 1897, ele foi saxofonista, flautista e maestro, e é considerado um dos precursores do chorinho. Sua música, que misturava influências do jazz, ritmos africanos e brasileiros, moldou a MPB moderna.
Entre suas obras mais conhecidas estão "Carinhoso", "Rosa" e "Lamentos". O Dia Nacional do Choro, comemorado em 23 de abril, foi criado em sua homenagem. Pixinguinha começou a carreira musical com a influência do pai e, ainda jovem, integrou o grupo "Os Oito Batutas", levando o choro a palcos nacionais e internacionais. Ele trabalhou como arranjador na RCA Victor e criou trilhas para o cinema, mantendo sua influência viva até seu falecimento em 1974.
Fonte: Agência Brasil