
SÃO PAULO – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi recebido com uma forte ovação e gritos de “sem anistia” ao chegar, neste sábado (4), ao show de Maria Bethânia, no Tokio Marine Hall, em São Paulo. A manifestação do público, registrada durante a turnê que celebra os 60 anos de carreira da cantora, ecoa o sentimento que tomou conta de atos recentes contra a PEC da Blindagem e em defesa da democracia.
A cena reforça a recuperação da popularidade do presidente e evidencia o vigor de sua base de apoio no meio cultural. Historicamente, Lula mantém uma relação próxima e de apoio mútuo com os principais expoentes da Música Popular Brasileira (MPB), artistas que compartilham de suas bandeiras, como a soberania nacional e a defesa dos direitos humanos.
A participação de Lula no evento vai além de um simples lazer. Ela simboliza a reconexão de um projeto político com uma classe artística que sempre esteve na linha de frente das grandes lutas democráticas do país. A cultura não é apenas entretenimento; é um campo essencial para a construção da identidade nacional, da independência e do desenvolvimento social e econômico do Brasil.
A força dessa aliança foi demonstrada recentemente na grande mobilização que reuniu milhares de pessoas em Copacabana, no Rio de Janeiro. O ato, um marco na resistência democrática, contou com a presença e apresentações de pesos-pesados da MPB como Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Djavan.Lula e Chico Buarque são amigos de longas datas Amizade histórica
A relação de Lula com artistas como Chico Buarque é antiga e vai muito além do apoio eleitoral. Chico, um crítico ferrenho da ditadura militar e sempre engajado nas causas progressistas, é um dos intelectuais e artistas que historicamente acompanham a trajetória de Lula. Sua música “Apesar de Você”, um hino contra a opressão, tornou-se um símbolo da resistência e é frequentemente entoada em comícios petistas e atos pela democracia.
Durante os primeiros governos Lula, ente 2003 e 2010, nomes como Gilberto Gil assumiram cargos de destaque, com o cantor tornando-se Ministro da Cultura, um período marcado por políticas de inclusão cultural como os Pontos de Cultura. Essa parceria concretizou a ideia de que a cultura é um pilar para a soberania de um país.
Na campanha de 2022, que marcou o retorno de Lula à Presidência, o apoio da classe artística foi massivo. Chico Buarque, Caetano Veloso e a própria Maria Bethânia, entre muitos outros, estiveram presentes em comícios, gravaram vídeos de apoio e usaram sua arte e sua voz para engajar o eleitorado em uma disputa que era vista como crucial para a restauração da democracia brasileira.
O episódio no show de Bethânia, portanto, não é um fato isolado. É a manifestação pública de uma aliança estratégica e ideológica que se renova e se fortalece, mostrando que, para o atual governo, a cultura e seus protagonistas são agentes fundamentais na construção de um projeto nacional.
Lula e outros petistas ouvindo Agnaldo Timóteo num evento em São Paulo pouco tempo antes do artista falecer
Fonte: Redes sociais

Luiz Brandão
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