
O ex-presidente Jair Bolsonaro expressou frustração com o comportamento político de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Segundo a jornalista do jornal O Globo, Bela Megale, Bolsonaro considera que as ações políticas e declarações de seu filho Eduardo contribuem para os desafios que ele já enfrenta.
Atualmente, Bolsonaro se encontra em prisão domiciliar e, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), também está proibido de manter contato direto com Eduardo. Bolsonaro pediu a um aliado pessoal que comunicasse pessoalmente com o filho, inclusive que houvesse uma conversa reservada caso existisse a possibilidade de uma viagem para os Estados Unidos, com o objetivo de mudar o tom das declarações que o deputado tem feito, que incomodam não só o pai, mas também aliados partidários.
Conflitos Familiares
Não é a primeira vez que Eduardo chega a ser advertido. Semanas atrás, o irmão, senador Flávio Bolsonaro já havia o chamado, por iniciativa do próprio ex-presidente, para uma discutir sua forma de comunicação.
Eduardo tem se manifestado por meio de declarações contundentes a parlamentares e membros do Judiciário e aliados de seu pai, como Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, que chegou a ser ameaçado. Essa postura é vista por alguns como incisiva e excessivamente agressiva, e vem gerando atritos e divisões internas no grupo político bolsonarista.
Jogo político ambicioso
Bolsonaro diz a aliados que seu filho está o prejudicando, já Eduardo Bolsonaro pretende seguir seu próprio caminho na política, e mesmo com toda pressão familiar, mantém sua ambição. Com ou sem o aval do ex-presidente, o deputado vem sinalizando que pode disputar as eleições em 2026, podendo até enfrentar um candidato apoiado por seu pai. Especulações indicam que Bolsonaro queira lançar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apoiando-o para a presidência da república.
Esse é um cenário que amplia a tensão na direita bolsonarista, já que divisões como essas sem um projeto unificado enfraquecem os adversários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pode crescer em vantagem em sua candidatura. Aliados afirmam que essa crise partidária evidencia o desgaste familiar e também a dificuldade bolsonarista em construir estratégias coerentes para as próximas eleições.
Fonte: Brasil 247, O Globo
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