
A Polícia Civil do Piauí concluiu o inquérito sobre o assassinato de Penélope Brito e do vereador Thiciano Ribeiro e indiciou o ex-marido da vítima, Francisco Fernando de Oliveira Castro. Ele vai responder por homicídio qualificado, feminicídio consumado e majorado, além de tentativa de homicídio qualificado contra um taxista que estava no local.
A delegada Nathália Figueiredo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (4), que foram colocados quatro qualificadoras: motivo torpe, sem chance de defesa, meio cruel e perigo comum. A investigação aponta que o crime foi premeditado.
A delegada revelou que a motivação do crime seria o fato de Francisco não aceitar o fim do relacionamento com Penélope e nem a nova vida da ex-mulher. "Ele quem terminou a relação e ele se incomodava com o fato de Penélope ocupar um posto de comando de uma unidade que ele fazia parte", explicou.
A delegada também afirmou que a vítima vivia um relacionamento de abusividade e que a campanha de difamação contra ela não foi comprovada. "Na nossa investigação ficou claro que Francisco Fernando era extremamente grosseiro na relação e isso foi trazido por familiares e amigos próximos", destacou.
Penélope, por sua vez, teria se sentido ameaçada e cogitado pedir medida protetiva. Segundo amigos, ela só "baixou a guarda" quando viu que o ex-marido estava em outro relacionamento. A delegada lamentou o desfecho "cruel e fatal" do caso. "Ela seguiu a vida dela como qualquer outra pessoa teria direito e ele inconformado por não querer mais voltar ao relacionamento, passou a persegui-la", completou a delegada.
O crime aconteceu na manhã de 27 de agosto, quando o casal foi morto a tiros pelas costas, próximo a um hospital no Centro de Teresina. As vítimas, que eram de Parnaíba, estavam na capital para o aniversário da avó de Thiciano e iriam fazer exames de rotina. Um laudo pericial confirmou que a arma utilizada no crime era uma pistola Taurus 9mm, utilizada na Guarda Civil de Parnaíba. O taxista atingido por estilhaços, que por pouco não foi atingido pelo tiro que perfurou o para-brisa, foi vítima de tentativa de homicídio.
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