Polícia

CRIME PASSIONAL

Guarda municipal assassinada estava separada a cinco meses; ex confessou o crime

Ex-marido, autor dos disparos, estava de plantão na GCM de Parnaíba um dia antes do crime e viajou para cometer o duplo homicídio

Da Redação

Quarta - 27/08/2025 às 16:12



Foto: Montagem Piauí Hoje Francisco Fernando é acusado de assassinar a ex-esposa Penélope Miranda de Brito e o vereador de Parnaíba, Thiciano Ribeiro da Cruz
Francisco Fernando é acusado de assassinar a ex-esposa Penélope Miranda de Brito e o vereador de Parnaíba, Thiciano Ribeiro da Cruz

O guarda municipal Francisco Fernando Castro, suspeito de assassinar a ex-esposa, a também guarda municipal Penélope Miranda de Brito, e o vereador de Parnaíba, Thiciano Ribeiro da Cruz (PL), estava separado da vítima há cinco meses e teria viajado de Parnaíba a Teresina com o objetivo de cometer o crime. A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Piauí durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (27).

Segundo o delegado Anchieta Nery, diretor de Inteligência da PC-PI, o suspeito estava de plantão na noite anterior e, logo em seguida, seguiu para a capital.

 “Ele não tinha antecedentes criminais, possuía emprego fixo até o dia do crime e agiu em uma situação passional, causando a destruição de três famílias: a das vítimas e a própria”, afirmou.

O delegado informou que durante a prisão, foram apreendidas duas armas de fogo, uma quantia em dinheiro e o veículo utilizado no crime e a arma utilizada para matar Penélope e Thiciano foi da Corporação. O suspeito chegou a passar por casas de familiares, se despedindo e reunindo dinheiro, mas acabou cercado pelas forças de segurança. Ele teria confessado o crime no momento da prisão.  

Linha de investigação

Delegado Anchieta Nery em coletiva de imprensa sobre o duplo homicídio no Centro de Teresina (Foto: Piauí Hoje)

Para a Polícia Civil, o caso tem fortes indícios de feminicídio. “A vítima Penélope havia se separado do autor em março deste ano, o que reforça a motivação passional e a possibilidade de enquadramento como feminicídio. O inquérito terá dez dias para ser concluído”, explicou o delegado Francisco Costa, o “Baretta”, coordenador do DHPP.

Anchieta Nery destacou que, até o momento, não há confirmação de que Penélope tenha registrado ameaças. No entanto, ele reforçou a importância de que mulheres que se sintam em risco acionem os canais de denúncia disponíveis, como o BO Fácil, o WhatsApp da Polícia Civil, o programa “Ei, Mermã, Não Se Cale”, o 190 e a Casa da Mulher Brasileira.

“Em 83% dos casos de feminicídio no ano passado, as vítimas nunca haviam feito boletim de ocorrência. É fundamental que qualquer ameaça seja denunciada para que o Estado possa agir antes da tragédia”, frisou.

“Resposta rápida do Estado”

Para o diretor de Inteligência, a prisão imediata evidencia o comprometimento das forças policiais. “Embora não reverta a tragédia, essa resposta rápida traz um retorno à sociedade e demonstra o empenho da segurança pública no combate à violência”, disse.

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