O Senado Federal oficializou, nesta quinta-feira (4), o afastamento do senador Marcos do Val (Podemos-ES) das atividades legislativas por 115 dias. O pedido, feito por Do Val à Junta Médica da Casa, alega "tratamento de saúde" e garante a ele a continuidade do recebimento de salário.
O senador é alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), suspeito de participar de uma trama para anular as eleições de 2022. Ele também é investigado por supostamente intimidar policiais federais envolvidos em inquéritos no STF e por divulgar dados pessoais de delegados.
Em nota, o parlamentar justificou o pedido de licença para se dedicar à família. “Solicitei licença temporária do Senado Federal para estar ao lado da minha mãe, que luta contra o câncer, e do meu pai, que passou por uma cirurgia delicada. Também para estar mais próximo da minha filha, a quem tenho amor incondicional”, disse em uma rede social.
Anteriormente, Do Val teve o uso de tornozeleira eletrônica e o bloqueio de contas bancárias determinados pelo STF após descumprir a proibição de deixar o país e viajar para os Estados Unidos. No entanto, um acordo entre o Senado e o Supremo suspendeu algumas das restrições. Embora tenha retomado o acesso às redes sociais, suas contas bancárias e seu salário, ele continua proibido de sair do Brasil.
O pedido de licença foi citado pelo ministro Alexandre de Moraes na decisão de suspender parte das limitações, onde Marcos do Val declarou sua "incapacidade temporária para exercer o mandato de senador da República" e seu "respeito ao Estado Democrático de Direito e às instituições democráticas".
Fonte: Agência Brasil
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