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INVESTIGAÇÃO

Silvio Almeida pede ao STF que membros de reunião com Anielle Franco sejam ouvidos pela PF

Ex-ministro pede depoimentos para esclarecer denúncia de importunação sexual durante encontro oficial

Da Redação com informações do Brasil 247

Quinta - 24/04/2025 às 10:40



Foto: Renato Araujo/Câmara dos Deputados Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos
Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos

O ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que todos os participantes de uma reunião realizada em 16 de maio de 2023, na qual a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, o acusou de importunação sexual, sejam ouvidos pela Polícia Federal (PF). A solicitação visa incluir os depoimentos no inquérito em andamento que apura as acusações contra Almeida.

Na petição, a defesa de Almeida destaca a importância de ouvir os presentes para garantir uma investigação justa: “Não há como cogitar-se de apuração isenta e escorreita dos fatos sem que sejam ouvidas as pessoas que estiveram presentes na reunião [...] para que possam explicitar o que viram naquelas ocasiões.

Entre os participantes da reunião estavam o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues; o diretor-presidente substituto da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Tiago Pereira; e a ex-secretária-executiva adjunta de Igualdade Racial, Adriana Marques. A defesa anexou uma fotografia do encontro para facilitar a identificação dos presentes.

Adicionalmente, Almeida solicitou que sejam ouvidas pessoas que possam atestar sua conduta em outras situações, como a professora Isabel Rodrigues e duas ex-alunas, visando contestar relatos apresentados por outras mulheres.

A investigação conduzida pela PF foi prorrogada por 60 dias pelo ministro André Mendonça, do STF, em fevereiro de 2025, a pedido da própria polícia, para conclusão das diligências pendentes, incluindo o depoimento de Almeida, que ainda não havia sido ouvido até então.

Anielle Franco prestou depoimento à PF em outubro de 2024, detalhando que as abordagens inadequadas por parte de Almeida começaram no final de 2022 e evoluíram para importunação física. Ela relatou que, em uma das reuniões, Almeida teria tocado sua perna por debaixo da mesa.

As acusações contra Almeida vieram à tona em setembro de 2024, após a organização Me Too Brasil afirmar ter recebido denúncias de assédio moral e sexual contra o então ministro. Em resposta, Almeida negou as acusações, classificando-as como “mentiras” e “ilações absurdas” disseminadas com o objetivo de prejudicá-lo.

O caso segue sob investigação, com o STF acompanhando o andamento do inquérito conduzido pela Polícia Federal.

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Fonte: Brasil 247

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