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Mudanças climáticas

Prédios novos terão que cumprir normas para reduzir sua sensação térmica

Resolução do governo federal obriga novos edifícios residenciais e privados a atenderem critérios mínimos de eficiência energética a partir de 2030

Terça - 30/09/2025 às 08:25



Foto: Alepi Conta de energia continua com cobrança extra no mês de outubro, mas com redução em relação ao mês de setembro
Conta de energia continua com cobrança extra no mês de outubro, mas com redução em relação ao mês de setembro

Para reduzir os custos de energia, promover conforto térmico para os moradores e  tornar as construções brasileiras mais sustentáveis, o governo federal publicou uma resolução que estabelece normas obrigatórias de eficiência energética para novos edifícios. A medida, que transforma em obrigatória uma etiquetagem voluntária já existente no setor da construção civil, tem implementação escalonada e começa a valer para o setor público em 2027.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a medida deve gerar uma economia de 17 milhões de MWh em energia elétrica até 2040, volume suficiente para abastecer uma cidade de 1 milhão de habitantes por sete anos. Em valores, a estimativa é de uma economia de até R$ 2,7 bilhões.

A etiquetagem varia de A a C, sendo A o nível mais eficiente e C o mínimo obrigatório. Para novos edifícios residenciais e comerciais do setor privado, incluindo os do programa Minha Casa, Minha Vida, a exigência do nível C terá início em 2030. A obtenção do selo será necessária para a emissão do alvará de construção e do habite-se, documento que atesta a conclusão e adequação da obra .

Ao atender aos requisitos do nível C, as novas construções terão melhor isolamento e aproveitamento de iluminação natural, o que reduz a necessidade de ar condicionado e de iluminação artificial, refletindo na conta de luz . Para a classificação de eficiência, são considerados critérios como as cargas térmicas de paredes e pisos, os materiais utilizados na obra, como os vidros das janelas, e os sistemas de iluminação e ventilação

Para o setor privado, a comprovação do atendimento ao nível C será feita por autodeclaração do engenheiro ou arquiteto responsável, registrada na Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Segundo o governo, esse processo não terá custos adicionais para as obras, pois se integrará à documentação já exigida para o licenciamento .

No entanto, se um empreendimento privado almejar um selo de maior eficiência (nível A ou B), será necessário contratar um organismo de inspeção auditado pelo Inmetro, o que envolve custo adicional. Para os edifícios públicos, a obtenção da etiqueta será um requisito nos editais de licitação.

Cronograma de Exigências para o Setor Público

O setor público terá prazos e exigências diferenciados, devendo construir novos edifícios dentro do padrão de maior eficiência, o nível A. O cronograma de implementação foi desenhado para dar tempo de adaptação a todas as esferas governamentais:

*   2027: Edifícios federais, com exceção dos localizados no Rio Grande do Sul.

*   2028: Edifícios federais no Rio Grande do Sul.

*   2032: Edifícios estaduais.

*   2035: Edifícios municipais em cidades com mais de 100 mil habitantes.

*   2040: Edifícios municipais em cidades com mais de 50 mil habitantes.

Fonte: CNN

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