O eletricista Ezequiel Rodrigues de Araújo foi condenado a 26 anos e 8 meses de prisão em regime fechado, em segundo julgamento realizado nessa quinta-feira (6), na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Teresina. Em janeiro de 2022, ele assassinou a ex-companheira, Valdirene Torquato da Silva, com 17 facadas.
Ezequiel já havia sido julgado e condenado pelo mesmo crime no ano passado, mas a defesa recorreu alegando que houve violação ao exercício do direito do silêncio parcial do réu. Em novembro do ano passado, o desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí, Erivan Lopes, anulou a sentença.
No novo julgamento, além da pena de reclusão, ficou estabelecido que o condenado deve pagar uma indenização de R$ 300.000,00 aos familiares da vítima.
"Foi um crime terrível, motivado por ciúmes, com emprego de muita violência. Não podemos, enquanto sociedade, tolerar esse tipo de ação criminosa contra a mulher. Por isso, a atuação firme do Ministério Público pela nova condenação do réu", enfatizou o promotor João Malato Neto.
O condenado foi levado a julgamento pela prática do crime de homicídio qualificado pelo motivo fútil, com emprego de meio cruel, pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio (artigo 121, §2º, II, III, IV e VI e §2º-A, II, do Código Penal).
Valdirene Torquato era ex-companheira do assassino, que não aceitava o fim do relacionamento
Entenda o caso
Valdirene Torquato da Silva, de 42 anos, foi morta com 17 facadas no dia 25 de janeiro de 2022, por volta das 7h, quando chegava ao condomínio em que trabalhava, no cruzamento da Rua Goiás com a Rua Monsenhor Gil, no bairro Ilhotas, região Centro-Sul de Teresina.
O assassino, Ezequiel Rodrigues de Araújo, era ex-companheiro da vítima. As investigações apontaram que eles mantiveram um relacionamento por 10 anos, e que haviam se separado há pelo menos 5 anos antes do crime. No entanto, Ezequiel não aceitava o fim e ameaçava a ex-companheira frequentemente.
Ezequiel ainda tentou fugir do local, mas foi preso por agentes da Polícia Militar minutos depois do crime.
Fonte: Com informações do MPPI
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