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Por que sentimos vontade de comer doces após as refeições? Estudo revela a resposta

Pesquisa indica que a liberação de endorfina ao comer açúcar pode explicar por que muitas pessoas sentem vontade de consumir doces, mesmo após uma refeição

Da Redação

Quarta - 19/02/2025 às 13:00



Foto: Reprodução Brigadeiro
Brigadeiro

Você já teve vontade de comer um doce após a refeição? Esse desejo por sobremesas é algo bem comum, e um novo estudo sugere que ele pode estar relacionado ao funcionamento dos neurônios no cérebro.

O estudo, publicado na revista Science em 13 de fevereiro, foi inicialmente realizado com camundongos e revelou que um grupo de células nervosas, chamadas neurônios POMC, são responsáveis pela vontade de consumir doces, mesmo quando os ratos já estavam saciados.

Conduzido pelos pesquisadores do Instituto Max Planck de Biologia do Envelhecimento, o estudo mostrou que esses neurônios são ativados quando os camundongos têm acesso ao açúcar, estimulando o apetite por mais doces. Além disso, quando os ratos comiam doces, mesmo estando satisfeitos, essas células nervosas liberavam endorfina, um opioide natural, criando uma sensação de prazer e fazendo com que os ratos continuassem a comer açúcar.

Essa liberação de opioides ocorreu apenas com o açúcar, não sendo registrada com alimentos salgados ou gordurosos. Quando os pesquisadores bloquearam essa via, os ratos pararam de comer açúcar.

Em humanos, os cientistas também realizaram exames cerebrais e descobriram que a mesma região do cérebro que reage ao açúcar nos camundongos também se ativa nos voluntários humanos. Isso sugere que o cérebro humano também pode ser programado para buscar açúcar, já que, na natureza, ele é uma fonte rara e energética de alimento.

Os pesquisadores acreditam que suas descobertas podem ser úteis para o tratamento da obesidade. Existem medicamentos que já bloqueiam os receptores de opioides no cérebro, mas, segundo Henning Fenselau, líder do estudo, os resultados são menores em comparação com injeções de supressores de apetite. Fenselau acredita que uma combinação desses tratamentos poderia ser eficaz, mas mais pesquisas são necessárias.

Fonte: Com informações da CNN

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