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FAKE NEWS

Diretor de Povos Originários da Sasc repudia fake news com seu nome após operação da PF

Operação mira grupo que promovia esquema de grilagem de terras indígenas no centro-sul do Piauí

Da Redação

Quinta - 20/02/2025 às 18:57



Foto: Reprodução O cacique Henrique procurou a Delegacia de Crimes Virtuais para registrar um B.O.
O cacique Henrique procurou a Delegacia de Crimes Virtuais para registrar um B.O.

O cacique Henrique Manoel do Nascimento, diretor dos Povos Originários da Superintendência de Igualdade Racial e Povos Originários (SUIRPO) da Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (SASC), repudiou as fake news que circulam em grupos de WhatsApp, ligando suas fotos e nome à Operação Aldeia Verde, deflagrada nessa quarta-feira (19) pela Polícia Federal com o apoio do Ministério Público Federal (MPF).

A operação mira um grupo de 10 pessoas, entre lideranças indígenas, empresários, funcionários públicos, líderes sindicais e corretores de imóveis, acusados de promover um esquema de grilagem de terras indígenas no centro-sul do Piauí.

O cacique Henrique procurou a Delegacia de Crimes Virtuais nesta quinta-feira (20), após imagens circularem em grupos de WhatsApp, afirmando que ele seria um dos alvos da operação.

"É a segunda vez que grupos envolvem meu nome em face news, pois o trabalho realizado pela Diretoria dos Povos Originários tem causado avanços, e com isso pessoas que não estão na administração pública se utilizam de manobras para sujar minha imagem", declarou.

A operação cumpriu 2 mandados de prisão preventiva e 5 de busca e apreensão nas cidades piauienses de Teresina, Currais e Bom Jesus, e nas cidades paranaenses de Mamboré e Maringá.

Segundo as investigações, entre meados de 2021 e meados de 2023, o grupo promoveu a invasão de aproximadamente 6.600 hectares de terras da comunidade indígena Akroá-Gamella, situadas na localidade Morro d´Água e Barra do Correntinho, nos municípios de Baixa Grande do Ribeiro, Uruçuí, Bom Jesus e Currais. Eles também usaram de violência e ameaças para expulsar antigos ocupantes.

Para regularizar a posse das terras invadidas e tirar proveito econômico da conduta criminosa, os denunciados praticaram atos de grilagem de terras, forjando processos de regularização fundiária junto ao Instituto de Terras do Piauí (Interpi), mediante a apresentação de declarações falsas e a corrupção dos agentes públicos. O grupo também forneceu armas de fogo e munições para invasores que atuavam sob sua direção, para proteger a ocupação das terras indígenas do interesse do esquema criminoso.

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