
A federação partidária formada por União Brasil e Progressistas (PP) anunciou nessa terça-feira (2) o rompimento oficial com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão foi comunicada durante pronunciamento na Câmara dos Deputados, feito pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda, ao lado do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI).
No comunicado, os partidos determinaram que filiados devem deixar os cargos que ocupam no Executivo federal. Segundo a nota, a medida tem efeito imediato e o descumprimento poderá gerar punições previstas nos estatutos das siglas.
“Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no estatuto”, afirmou o texto lido por Rueda.
A decisão, segundo os líderes, foi acordada em reunião prévia e busca reforçar a coerência das legendas diante dos eleitores. “Esta decisão representa um gesto de clareza e de coerência. É isso que o povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes”, diz outro trecho do comunicado.
A saída da federação pode impactar diretamente a permanência de dois ministros que integram o governo Lula: Celso Sabino, do Turismo (União-PA), e André Fufuca, do Esporte (PP-MA). Ambos são deputados federais licenciados e filiados às legendas da federação.
Confira o comunicado:
"Comunicado da Federação União Progressista
Informamos a todos os detentores de mandato que devem renunciar a qualquer função que ocupem no governo federal.
Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta Federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no Estatuto.
Esta decisão representa um gesto de clareza e de coerência. É isso que o povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes.
Brasília, 02 de setembro de 2025"