
Mais de 180 dias após assumir o comando da Prefeitura de Teresina, o prefeito Silvio Mendes ainda não mostrou a que veio. E a cada nova semana, a sensação de decepção e abandono é crescente entre os teresinenses.
Nesta terça-feira (8), a Secretaria Municipal de Comunicação divulgou uma nota informando mais uma paralisação no serviço de limpeza pública da capital — um problema antigo, que persiste sem solução. A coleta de lixo já virou símbolo do desgoverno: entra mês, sai mês, e nada é resolvido. O básico, que deveria ser garantido, falha constantemente.
Silvio Mendes foi eleito no primeiro turno, com a confiança de quem esperava o retorno de um gestor experiente, eficiente, o mesmo que governou a cidade por oito anos e deixou saudades. Mas, até agora, não há uma obra, uma rua asfaltada, um projeto anunciado que traga esperança de dias melhores.
Na saúde, o cenário é igualmente preocupante. O prefeito renovou pela terceira vez o decreto de emergência — um atestado público de que a gestão não consegue enfrentar os problemas do setor. E nem o presidente da Fundação Municipal de Saúde resistiu: Charles Silveira entregou o cargo, acentuando ainda mais a crise.
O transporte coletivo, outro drama urbano, continua no caos. Sem ônibus suficientes, com terminais deteriorados e sem qualquer proposta ou plano real de reestruturação, o sistema parece condenado à falência. E o que a população se pergunta é: até quando?
Fala-se em rombos bilionários, mas ninguém tem os detalhes, não vê os números nem entende de onde vêm. O discurso da “herança maldita” se esgota diante da inércia de uma gestão que ainda não deu um único passo concreto para mudar a realidade da cidade.
No segundo mês de gestão, Silvio Mendes chegou a declarar que “estava arrumando a casa que recebeu desorganizada”. A pergunta que fica é: 180 dias não foram suficientes para ao menos abrir a porta da sala?
Passados mais de seis meses, o que se tem é uma administração travada, perdida entre diagnósticos mal explicados, promessas vagas e uma ausência visível de comando político e administrativo. Enquanto isso, a população segue esperando que Silvio Mendes volte a ser o gestor que já foi — a gente torce para que não demore.