
Texto retirado do Blog de Leonardo Attuc no Brasil 247:
Os grandes ruralistas brasileiros, que durante anos associaram seus interesses ao bolsonarismo e, em muitos casos, financiaram o golpismo de 8 de janeiro de 2023, deveriam refletir seriamente sobre quem de fato defende seus negócios e seus lucros. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com sua visão moderna de mundo, foi — e continua sendo — o maior aliado do agronegócio brasileiro.
Hoje, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conduz seu país para uma política agressiva de tarifas e isolamento econômico, o Brasil de Lula colhe os frutos de uma estratégia que prioriza o Sul Global, o multilateralismo e a diversificação de mercados. Quem comprova isso é uma reportagem publicada nesta segunda-feira pelo Global Times, um dos principais veículos de comunicação da China.
De acordo com a matéria, a China — maior parceira comercial do Brasil — está acelerando a substituição da soja americana pela brasileira. Em abril, o porto de Zhoushan, em Zhejiang, deve receber cerca de 40 navios brasileiros carregados de soja, um aumento de 48% em relação a abril de 2024. O volume desembarcado deve chegar a 700 mil toneladas, uma alta de 32% na comparação anual. Esses números reforçam a importância de uma diplomacia que abre mercados, e não que fecha portas, como faz a extrema-direita internacional liderada por Trump.
Em contraste, os dados oficiais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostram que, na semana entre 11 e 17 de abril de 2025, as vendas líquidas de soja americana despencaram 50%, e as de carne suína caíram impressionantes 72%. A China, que havia comprado 72.800 toneladas de soja americana na semana encerrada em 10 de abril, adquiriu apenas 1.800 toneladas na semana seguinte. Para o setor agropecuário dos Estados Unidos, a conta do protecionismo já chegou — e ela é amarga.
Li Yong, pesquisador da Associação Chinesa de Comércio Internacional, ouvido pelo Global Times, foi claro: “Ao instigar uma guerra tarifária, os Estados Unidos estão voluntariamente se excluindo do vasto mercado chinês”. Mais uma vez, quem ganha espaço é o Brasil — e isso não acontece por acaso, mas sim pela estratégia diplomática lúcida e pragmática do presidente Lula.
É essencial lembrar que Lula foi o grande responsável pela primeira grande expansão internacional do agronegócio brasileiro, em seus dois primeiros mandatos, quando levou o Brasil a novos mercados, negociou acordos e reforçou a imagem do país como potência agrícola global. Agora, em seu terceiro mandato, reafirma esse compromisso, apostando em alianças com China, África, Oriente Médio e outros polos emergentes.
Diante desses fatos, é inegável que os ruralistas que investiram dinheiro e prestígio em movimentos golpistas devem ao presidente Lula um pedido público de desculpas. Foram Lula e sua política externa ativa e altiva que abriram os caminhos para os lucros recordes que o agronegócio brasileiro alcança hoje — e não a agenda de intolerância, fechamento de mercados e submissão externa que marcaram os anos de radicalização bolsonarista.
A história não perdoará os ingratos. O futuro do agronegócio brasileiro depende da manutenção de uma política internacional que valorize o diálogo, o comércio justo e a integração global. E essa política tem nome: Luiz Inácio Lula da Silva.
Fonte: Brasil 247