Política

DIPLOMACIA SUL-AMERICANA

Lula e Noboa reforçam parceria Brasil-Equador e defendem união contra crime organizado

Lula destaca que autonomia significa diversificação de parcerias

Da redação

Segunda - 18/08/2025 às 16:30



Foto: Ricardo Stuckert/PR Lula recebeu nesta segunda-feira (18/8), o presidente do Equador, Daniel Noboa
Lula recebeu nesta segunda-feira (18/8), o presidente do Equador, Daniel Noboa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta segunda-feira (18/8), no Palácio do Planalto, o presidente do Equador, Daniel Noboa, para discutir comércio, segurança e cooperação digital. Em declaração à imprensa, Lula defendeu a diversificação de parcerias internacionais como estratégia para garantir a autonomia do Brasil em um cenário global de instabilidade.

“Em um cenário global desafiador em que rivalidades se agravam e instituições multilaterais são esvaziadas, é preciso firmeza na defesa da nossa independência. Para o Brasil, autonomia é um sinônimo de diversificação de parcerias”, afirmou o presidente, ressaltando que os laços com o Equador e os demais vizinhos sul-americanos são prioridade.

Na área de segurança pública, Lula destacou a importância da cooperação regional no combate ao crime organizado. Ele frisou que a solução não está em classificar organizações criminosas como terroristas, mas em fortalecer a ação conjunta. “Só conseguiremos deter as redes criminosas que se espalharam pela América do Sul agindo juntos. Reforcei ao presidente Noboa a oferta brasileira de cooperação em segurança pública”, acrescentou.

Outro ponto abordado foi a criminalidade digital. Lula reforçou a necessidade de regulação das big techs, para que as redes não funcionem como “terra sem lei”. “Nossas sociedades estarão sob constante ameaça sem a regulação das big techs. Esse é o grande desafio contemporâneo de todos os Estados”, disse. O presidente destacou ainda a urgência no enfrentamento de crimes virtuais, como a exploração sexual de crianças e adolescentes.

Lula e Noboa também trataram de meio ambiente. O presidente brasileiro lembrou que Brasil e Equador compartilham o bioma amazônico e defendeu que a América do Sul pode liderar uma transição energética justa. Segundo ele, a COP30, que será realizada em novembro, terá a Amazônia como epicentro de soluções para a crise climática.

Antes do pronunciamento, Brasil e Equador assinaram acordos de cooperação em áreas como combate à fome e à pobreza, agricultura familiar e inteligência artificial.

Fonte: Agência Gov

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