
Após a aprovação do requerimento de urgência para o Projeto de Lei 2.858/2022, que propõe a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou suas ações nos bastidores da Câmara dos Deputados para reverter a tramitação acelerada da proposta.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), lidera a articulação governamental e busca convencer deputados que assinaram o requerimento de urgência a subscrever um novo pedido, desta vez solicitando a retirada da urgência.
Para isso, a equipe da ministra está mapeando os cargos e emendas destinados a cada parlamentar que apoiou a urgência, com o objetivo de mostrar que manter a assinatura pode resultar na perda de benefícios já conquistados ou na dificuldade de obter novos recursos.
Fontes do governo indicam que, mesmo sem o número mínimo de assinaturas necessárias para anular a urgência, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem a prerrogativa de barrar a tramitação com base em argumentos regimentais. A decisão final sobre a pauta da Casa permanece sob sua responsabilidade, e até o momento ele não se posicionou publicamente sobre o assunto.
A estratégia do governo visa evitar que o PL da Anistia avance rapidamente, considerando que a proposta tem gerado controvérsias e divisões dentro da base aliada. A articulação busca garantir que a tramitação do projeto siga os trâmites regimentais e que a prioridade na pauta da Câmara seja dada a outras propostas consideradas mais urgentes e relevantes para a população.
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Fonte: Brasil 247