
Um terremoto de magnitude 8,8 sacudiu a península de Kamchatka, na Rússia, nas primeiras horas desta quarta-feira (30), gerando tsunamis que atravessaram o Pacífico e atingiram diversos países, incluindo o Havaí, onde ondas de até 1,21 metro foram registradas na ilha de Oahu.
O epicentro foi localizado a 126 quilômetros da cidade de Petropavlovsk-Kamtchatsky, a uma profundidade de 20,7 quilômetros. O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico confirmou a formação de ondas e manteve o alerta para novos impactos, ressaltando que o risco permanece em várias regiões do oceano.
No Havaí, sirenes foram acionadas e a população foi orientada a buscar áreas elevadas. Já no Japão, a prefeitura de Iwate foi atingida por ondas de até 1,3 metro, o que levou o governo a recomendar a evacuação de quase 2 milhões de pessoas. Segundo a emissora NHK, autoridades alertaram que a evacuação imediata é essencial para preservar vidas. Funcionários das usinas nucleares de Fukushima foram retirados como medida preventiva, embora não tenham sido relatadas anomalias.
Além de Japão e Havaí, outros países emitiam alertas de tsunami, como China, Indonésia, Filipinas, Guam, Peru, México e Equador. No arquipélago equatoriano das Ilhas Galápagos, praias foram evacuadas, e a Marinha do Peru previu ondas de até três metros. A costa mexicana também foi colocada sob vigilância.
Segundo o Centro de Alerta de Tsunamis dos EUA, ainda são esperadas réplicas, que podem atingir magnitude de até 7,5. A filial de Kamchatka da Academia Russa de Ciências informou que tremores secundários devem continuar por pelo menos um mês. A região já registrava atividade sísmica frequente nos dez dias anteriores ao abalo principal.