
Líderes do Centrão admitem que não há a possibilidade de o projeto ignorar totalmente as demandas da ala bolsonarista, apesar de o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) declarar que não há condições de aprovar um texto "amplo, geral e irrestrito".
De acordo com os líderes, o avanço da proposta só aconteceu por conta da atuação do líder do PL, Sóstenes Cavalcante. Isso torna inacessível a apresentação de um projeto que agrade somente à base do governo, o que deixa a direita de lado em possíveis negociações.
Pressão por concessões e resistência do relator
Líderes avaliam que o grande desafio do relator Paulinho da Força será conciliar duas posições distintas: a do Centrão, que defende apenas a redução de penas e a manutenção da inelegibilidade de Jair Bolsonaro, e a dos bolsonaristas, que insistem em um perdão mais abrangente.
Anteriormente, em entrevista ao Metrópoles, o relator foi categórico ao afirmar que a ala bolsonarista já sabia que a versão ampla não tem chance de ser aprovada, reafirmando que o atual projeto, aprovado com urgência, não prevê um benefício amplo e geral.
Obstáculos para que a proposta seja votada:
Na Câmara, o tempo tem se tornado outro desafio. Embora Hugo Motta, o presidente da Câmara, queira uma votação para o texto na próxima semana, líderes já admitem que será um desafio apresentar uma versão consensual no prazo estipulado, dadas as divergências entre os governistas, o Centrão e a ala bolsonarista.
Fonte: Brasil 247, Metrópoles