
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu um prazo de cinco dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR), se manifeste sobre o pedido de revogação da prisão preventiva do general Walter Braga Netto.
A defesa do general Walter Braga Netto argumentou que não há motivos para a manutenção de sua prisão preventiva, alegando que, após mais de 220 dias, não há qualquer fato novo, motivo concreto ou justificativa razoável que sustente a medida. Este é o quinto pedido de revogação da prisão preventiva feito pela defesa.
Em decisões anteriores, Moraes afirmou que ainda há risco gerado pela liberdade do general e apontou indícios da gravidade dos crimes investigados, relacionados a um suposto plano de golpe de Estado.
Entenda por que Braga Netto está preso
O general da reserva, Walter Braga Netto, teve a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes em decisão proferida no dia 14 de dezembro. O conteúdo da decisão, inicialmente mantido sob sigilo, foi posteriormente divulgado e revela que o ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022 é acusado de tentar acessar ilegalmente depoimentos sigilosos colhidos pela Polícia Federal.
Segundo Moraes, a suposta ação de Braga Netto teria como objetivo interferir nas investigações em curso, o que motivou a adoção da medida cautelar. A decisão integra o inquérito que apura articulações para um possível golpe de Estado após as eleições presidenciais.
Fonte: CNN