
O policial militar Valério Neto, acusado de matar a tiros o policial civil Alessandro Cavalcante Ferreira, de 45 anos, prestou depoimento na tarde dessa quarta-feira (13), na Delegacia de Combate a Homicídios, Tráfico de Drogas e Latrocínio (DHTL) de Parnaíba, no litoral do Piauí. O PM alegou que Alexandro estava em atitude suspeita e teria apontado uma arma de fogo durante a abordagem, por isso ele atirou contra o policial civil.
Alex, como era conhecido, foi assassinado com dois tiros na cabeça em uma rua no bairro Caminhos da Alvorada, em Parnaíba. O crime ocorreu durante a madrugada de ontem (13) e o corpo foi encontrado na calçada de uma casa.
Valério disse ainda que avistou Alex caminhando sozinho na rua com um capuz e achou sua atividade suspeita. O PM resolveu seguir Alex e disse que em determinado momento, o policial civil andou em sua direção e apontou uma arma. Por fim, o policial militar disse que sua reação foi atirar.
Policial civil é assassinado a tiros em via pública em Parnaíba
Preso o soldado PM que matou policial civil em Parnaíba
O delegado Célio Benício, gerente de policiamento do interior da Polícia Civil, afirmou que a vítima usava um moletom e fez com que o PM achasse que ele estava em atitude suspeita.
O crime ocorreu por volta de meia-noite e o corpo de Alex foi encontrado no início da manhã por populares. Ainda pela manhã, Valério foi até a Central de Flagrantes e confessou o crime. Ele estava em posse da arma de fogo de Alex e entregou à polícia.
Alex era natural de Alagoas e morava em Parnaíba, onde trabalhava como escrivão na Delegacia da Mulher de Parnaíba. A Polícia Militar vai abrir um processo administrativo para apurar a conduta do PM envolvido. Além disso, ele está sendo investigado pela Polícia Civil de Parnaíba pelo crime de homicídio.