
O Hospital Infantil Lucídio Portella (HILP) destaca, neste mês das mães, a história de dona Ozelina Nascimento, um verdadeiro exemplo de coragem, cuidado e amor incondicional.
Técnica de enfermagem, cuidadora de idosos e mãe de quatro filhos, Ozelina descobriu que três de seus filhos estão dentro do espectro autista — entre eles, um casal de gêmeos. Ela conta com emoção como foi difícil entender os sinais até chegar ao diagnóstico, especialmente da filha mais velha, Cynthia Karolina, hoje com 27 anos.
Cynthia só recebeu o diagnóstico de autismo já adulta, aos 25 anos, durante o mestrado. “Sempre me senti diferente, sem saber o porquê. O diagnóstico me ajudou a entender minha trajetória e a buscar o tratamento certo”, contou.
A partir disso, Ozelina decidiu observar os outros filhos com mais atenção. A caçula, Suzana Rachel, também recebeu diagnóstico de autismo nível 1, e os demais irmãos estão em avaliação. “A médica disse que a chance era alta. Decidi investigar todos. O apoio que recebi no hospital foi acolhedor. Saí da consulta em paz, com a sensação de que estava no caminho certo”, disse.
Mesmo antes dos diagnósticos, Ozelina já percebia que algo era diferente. “Diziam que era birra, mas eu sabia que minha filha precisava de cuidado especial. Sempre tentei fazer o melhor por ela, mesmo sem saber o nome do que enfrentávamos.”
Cynthia reforça que o preconceito ainda existe, especialmente com quem tem autismo funcional: “Por estudarmos ou trabalharmos, acham que não precisamos de ajuda. Mas precisamos, sim, de adaptação, respeito e tratamento”.
Hoje, a família segue unida, enfrentando os desafios com mais informação, apoio e compreensão.
Para a diretora do HILP, Leiva Moura, histórias como essa mostram a importância do acolhimento: “Aqui, cada mãe é escutada e orientada. O diagnóstico não é o fim, é o começo de uma nova forma de cuidar — com amor, técnica e respeito.”
Fonte: CCOM PI