Polícia

CHACINA NO RIO

Médicos podem ter sido mortos porque bandidos confundiram um deles com miliciano

O médico Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos, pode ter sido confundido com o miliciano Taillon Barbosa

Da Redação

Quinta - 05/10/2023 às 21:39



Foto: Reprodução Polícia investiga se Taillon teria sido confundido com Perseu Almeida
Polícia investiga se Taillon teria sido confundido com Perseu Almeida

Os três médicos assassinados e um ferido num ataque de bandidos, na madrugada desta quinta-feira 5, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, podem ter sido mortos porque os criminosos confundiram um deles com um miliciano colocado em liberdade recentemente pela Justiça.

Os bandidos dispararam pelo menos 33 tiros contra os quatro médicos. Um deles levou pelo menos três tiros, mas conseguiu sobreviver e está internado num hospital do Rio de Jabeiro. 

O crime ocorreu no Quiosque da Naná, na Avenida Lúcio Costa, na Praia da Barra da Tijuca. Aperícia coletou 33 estojos de projéteis de pistolas 9 milímetros na área do quiosque onde o crime aconteceu.

No fim da tarde desta quinta-feira (05), a principal linha de investigação policial envolve a hipótese de os quatro médicos terem sido atacados por engano. Nesta direção, a polícia apura se o alvo seria um miliciano da região chamado Taillon de Alcântara Pereira Barbosa. Segundo a Polícia carioca, Taillon foi preso no fim de 2020 e colocado em liberdade condicional no mês passado.

Em 8 de dezembro de 2020, o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público fluminense deflagrou a Operação Sturm, a fim de cumprir nove mandados de prisão e 14 de busca e apreensão contra milicianos que atuavam na região de Rio das Pedras e Muzema.

O líder do grupo criminoso era exatamente Taillon, filho de Dalmir Pereira Barbosa, uma das principais lideranças da organização e denunciado anteriormente na Operação Intocáveis II.

Uma das vítimas do atentado desta quinta-feira é Diego Ralf Bonfim, de 35 anos, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Em entrevista à TV Globo, ela classificou o caso como um “crime bárbaro” e cobrou respostas.

“Era a pessoa mais linda do mundo. Íntegro, inteligente, dedicado. Absolutamente carinhoso com todo mundo. Nunca fez mal pra ninguém. Pelo contrário, ele só orgulhava a nossa família”, disse Sâmia, em referência ao irmão.

Os dois outros médicos assassinados são: Marcos de Andrade Corsato, 62 anos. Era médico-assistente do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP; e

Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos. Era especialista em cirurgia do pé e do tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da USP.

O sobrevivente é Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, especialista em cirurgia ortopédica. Foi socorrido ao hospital e, segundo o mais recente boletim, seu estado é estável.

O médico Daniel Proença está internado

Com informações do G1, Folha e UOL

Fonte: G1 e TV Globo

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