
Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi preso na sexta-feira (16) em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. A detenção ocorreu quando ele apresentou um documento falso em nome de Maycon da Silva em uma unidade policial local, visando resolver questões migratórias.
A falsidade foi rapidamente identificada pelas autoridades bolivianas, que acionaram a Interpol e a Polícia Federal (PF) brasileira. Utilizando ferramentas de checagem biométrica, a verdadeira identidade de Tuta foi confirmada, resultando em sua prisão pela Força Especial de Luta Contra o Crime Organizado (FELCC) da Bolívia.
A PF brasileira já designou uma equipe e um avião para realizar a transferência de Tuta, aguardando uma audiência judicial na Bolívia, prevista para este domingo (18). Essa audiência determinará se ele será expulso do país ou se será extraditado formalmente para o Brasil. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que a equipe de cooperação está pronta para atuar, dependendo da decisão judicial boliviana.
Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi preso na sexta-feira (16) - Reprodução/PF
Tuta, de 52 anos, foi condenado à revelia no Brasil a 12 anos de prisão por crimes como associação criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico internacional de drogas. Ele é apontado como um dos principais responsáveis por movimentações financeiras ilícitas da facção, incluindo a lavagem de aproximadamente R$ 1 bilhão entre 2018 e 2019.
A Bolívia tem sido identificada como um refúgio para líderes do PCC, com vários integrantes utilizando documentos falsos e contando com a proteção de agentes corruptos locais. Além de Tuta, outros membros da facção, como Sérgio Luiz de Freitas Filho (Mijão) e Silvio Luiz Ferreira (Cebola), também estão associados a atividades criminosas no país vizinho.
Fonte: Agência Brasil