Um dos acusados de matar os adolescentes Anael Natan Colins Souza da Silva, 17 anos, e Luian Ribeiro de Oliveira, de 16 anos, o advogado Francisco das Chagas Sousa, 70 anos, teve o pedido de prisão domiciliar negado pelo juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquérito de Teresina.
A defesa de Francisco das Chagas solicitou a prisão domiciliar alegando que ele é idoso e que sofre de problemas de saúde, necessitando de uso de medicamentos contínuo e acompanhamento médico. O magistrado tomou a decisão de manter o advogado em regime fechado porque o médico da penitenciária informou o bom estado geral do requerente e a viabilidade de tratamento no local.
“Durante as investigações e os interrogatórios realizados, constata-se que o representado além de ocultar os cadáveres das vítimas, tentou atrapalhar o prosseguimento da instrução processual, articulando para apresentar uma versão fantasiosa durante o seu interrogatório ou mesmo quando omitiu informações à guarnição de polícia que fazia ronda no local, logo após ser chamada pela esposa do requerente, fatos que evidenciam a mácula à instrução criminal”, disse o juiz em sua decisão.
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Francisco das Chagas Sousa, o filho Guilherme de Carvalho e o sobrinho João Paulo Carvalho, dono do Frango Potiguar, foram indiciados por homicídio triplamente qualificado pela morte dos adolescentes. O inquérito foi presidido pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Os três estão presos desde o dia 08 de fevereiro, após conclusão do inquérito.
Entenda o caso
Os dois adolescentes desapareceram no dia 12 de novembro do ano passado, após uma festa em um sítio próximo à Ladeira do Uruguai, na zona Leste de Teresina. Depois de dois dias de buscas, os corpos deles foram encontrados em um matagal às margens da PI-112, na zona rural Leste de Teresina.
O promotor de justiça, Regis Marinho, ofereceu no dia 22 de fevereiro, a denúncia contra o empresário João Paulo de Carvalho, o tio e sobrinho do empresário, os advogados Francisco das Chagas Sousa e Guilherme de Carvalho Gonçalves.
Eles foram denunciados por duplo homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado qualificado dos adolescentes. A motivação do crime seria uma vingança, já que os adolescentes teriam entrado no sítio do advogado Francisco das Chagas, para conseguirem acesso a uma festa que acontecia no sítio ao lado. Os menores foram torturados, espancados e mortos a tiros.