O delegado Abimael Silva, que está responsável pelo caso de envenenamento de 9 pessoas de uma mesma família em Parnaíba, negou que a prisão de Lucélia Maria da Conceição, de 53 anos, tenha sido baseada em "achismos". A mulher ficou presa por quase 5 meses, acusada de tentar matar os irmãos Ulisses Gabriel e João Miguel com cajus envenenados. A aposentada conseguiu liberdade provisória após uma reviravolta no caso, que mostrou que as frutas não estavam envenenadas.
O delegado Abimael Silva publicou um vídeo em sua rede social, respondendo à informações falsas que circulam nos portais de notícia e nas redes sociais.
"Eu estou aqui para fazer uma nota de esclarecimento em relação a uma reportagem, que possui algumas informações falsas. A primeira informação falsa é a de que eu pedi a prisão da dona Lucélia no caso do envenenamento dos meninos. É falsa porque eu não trabalhei no inquérito, o inquérito não era conduzido por mim. A prisão também não foi feita a meu pedido", declarou.
O delegado também negou que os cajus foram coletados apenas três dias depois do envenenamento. As frutas estavam em posse do Instituto de Criminalística do Piauí, mas demoraram a ser analisadas por falta de reagentes químicos importados, que só chegaram ao Piauí em dezembro de 2024, o que prolongou o processo pericial.
O delegado também reforça que ele é responsável pelo caso em que o padrasto da mãe de Ulisses Gabriel e João Miguel é acusado de envenenar a família no dia 1º de janeiro. Após a prisão de Francisco de Assis Pereira e o resultado do laudo dos cajus, a polícia reabriu o caso do envenenamento dos dois irmãos de Parnaíba. Novas diligências foram solicitadas pelo Ministério Público no caso das crianças, e o delegado foi apontado como o responsável.
"Como eu não conduzo inquérito, eu estou fazendo novas diligências solicitadas pelo Ministério Público no caso anterior, mas eu não trabalhei no caso", disse.
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