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Noruega, Espanha e Irlanda reconhecem Estado Palestino independente

O reconhecimento formal do Estado Palestino pelos três países será realizado na próxima terça (28)

Da Redação

Quarta - 22/05/2024 às 09:08



Foto: — Foto: Erik Flaaris Johansen/NTB/Reuters O ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide (à esquerda), e o premiê Jonas Gahr Store
O ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide (à esquerda), e o premiê Jonas Gahr Store

O ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e o primeiro-ministro da Irlanda, Simon Harris, anunciaram o reconhecimento da Palestina como um Estado independente. Este anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (22). O reconhecimento formal do Estado Palestino pelos três países será realizado na próxima terça-feira (28). Esta decisão segue uma resolução aprovada pela Assembleia Geral da ONU no início do mês, que facilita o reconhecimento da Palestina como Estado-membro da organização.

O primeiro-ministro da Irlanda, Simon Harris, expressou esperança de que outros países seguirão o exemplo nas próximas semanas. "Hoje, a Irlanda, a Noruega e a Espanha anunciam que reconhecemos o Estado da Palestina", disse Harris. Ele também mencionou que conversou com outros líderes e acredita que mais nações se juntarão a esta iniciativa em breve. Harris enfatizou que a solução de dois Estados é essencial para a paz e segurança tanto para Israel quanto para a Palestina e seus povos.

Pedro Sánchez, o primeiro-ministro da Espanha, criticou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu durante a coletiva de imprensa. "Pedimos um cessar-fogo. Mas não é suficiente. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se faz de surdo e continua castigando a população palestina". Sánchez reconheceu a legitimidade de lutar contra o Hamas, mas condenou as ações de Netanyahu que, segundo ele, estão colocando em risco a solução de dois Estados devido à destruição e ao ressentimento gerados em Gaza e na Palestina.

Em resposta ao reconhecimento do Estado Palestino, o Ministério das Relações Exteriores de Israel ordenou a saída imediata de seus embaixadores na Irlanda, Noruega e Espanha. Além disso, os embaixadores desses três países em Tel Aviv foram convocados ao Ministério das Relações Exteriores em Israel.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que a decisão mina o direito de Israel à autodefesa e prejudica os esforços para a libertação dos 128 reféns detidos pelo Hamas em Gaza. Katz declarou: "Israel não ficará em silêncio. Estamos determinados a alcançar nossos objetivos: restaurar a segurança dos nossos cidadãos, remover o Hamas e garantir o retorno dos reféns. Não existem objetivos mais justos do que estes".

No mesmo dia, 22 de maio de 2024, após bombardeios israelenses, palestinos observaram a destruição na cidade de al-Zawaida, na província de Deir al-Balah, no centro de Gaza.

No dia 10 de maio, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que abre caminho para que a Palestina se torne um membro pleno das Nações Unidas, concedendo novos direitos e privilégios aos palestinos. A resolução solicita ao Conselho de Segurança da ONU que aprove a adesão da Palestina como o 194º membro da organização. A resolução foi aprovada com 143 votos a favor, nove contra e 25 abstenções. O Brasil votou a favor da medida, enquanto Argentina, Israel, Estados Unidos, República Tcheca, Hungria, Micronésia, Nauru, Palau e Papua-Nova Guiné votaram contra.

Para que a Palestina seja reconhecida como "Estado observador" da ONU, a resolução precisa ser aprovada pelo Conselho de Segurança, onde é provável que os EUA usem seu poder de veto. Mesmo assim, Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, considerou a aprovação da resolução um grande passo para o reconhecimento pleno da Palestina na ONU.

Enquanto isso, o píer dos EUA em Gaza começou a receber cargas com ajuda humanitária.

Fonte: G1

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