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Líder da oposição na Venezuela é sequestrado por agentes do regime de Nicolás Maduro

O ex-deputado Freddy Superlano, um dos principais nomes da oposição na Venezuela, acaba de ser sequestrado em Caracas

Da Redação

Terça - 30/07/2024 às 11:38



Foto: Reprodução Freddy Superlano, líder da linha de frente do partido Voluntad Popular
Freddy Superlano, líder da linha de frente do partido Voluntad Popular

O ex-deputado Freddy Superlano, um dos principais nomes da oposição na Venezuela, acaba de ser sequestrado em Caracas. Em vídeo gravado há poucos minutos e divulgado nas redes sociais, é possível ver o político sendo colocado à força em um carro por agentes do regime de Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda). Confira:

Freddy Superlano é atual dirigente do partido Voluntad Popular, da líder da oposição María Corina Machado. Ele é crítico ao governo de Nicolás Maduro e já foi perseguido pelo regime em outras ocasiões. Também esteve exilado na Colômbia por um tempo. Depois, voltou à Venezuela e concorreu ao cargo de governador de Barinas em 2021. Embora tenha vencido a eleição, o governo não reconheceu os resultados por ser um bastião do chavismo e o impediu de assumir o cargo.

Através das redes sociais, o partido Voluntad Popular emitiu alerta nacional e internacional sobre o sequestro.

"Devemos denunciar com responsabilidade ao país que há poucos minutos nosso coordenador político nacional, Freddy Superlano, foi sequestrado. Alertamos a comunidade internacional sobre uma escalada repressiva da ditadura de Nicolás Maduro contra os ativistas da causa democrática, que exigem pacificamente a publicação dos resultados eleitorais que concedem vitória esmagadora ao nosso presidente eleito Edmundo González Urrutia", diz a publicação do partido.


Nessa segunda-feira (29), a líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, reivindicou a vitória nas eleições e acusou Nicolás Maduro de fraude. Ao lado do candidato presidencial da oposição, Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita), María Corina deu entrevista a jornalistas e disse que, com as atas da eleição a que tiveram acesso, Maduro teve 2.759.256 votos, abaixo dos 6.275.180 de González.

Na noite dessa segunda-feira (29), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou a reeleição de Maduro para um terceiro mandato de seis anos. Protestos estouraram no país contra a reeleição de Maduro, enquanto a representante da oposição garantiu ter provas de que os resultados eleitorais foram fraudulentos. Pelo menos sete mortes foram registradas durante as manifestações.

Há expectativas de que o CNE publique todas as atas eleitorais para verificar a consistência dos resultados. 

Além disso, um dia após as eleições, o governo venezuelano expulsou representantes diplomáticos da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai, países que questionaram a legitimidade dos resultados.

Fonte: Com informações do Eixo Político

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