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Pelo menos 7 pessoas morreram em protestos na Venezuela

Oposição de Maduro apresentou alegações de fraude eleitoral

Da Redação

Terça - 30/07/2024 às 10:12



Foto: Reuters Protesto em Caracas após a vitória de Nicolás Maduro
Protesto em Caracas após a vitória de Nicolás Maduro

Pelo menos sete pessoas morreram durante os protestos na Venezuela contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro, de acordo com a RTP. As mortes foram confirmadas por fontes independentes, segundo o jornal espanhol El Mundo. 

O grupo de direitos humanos Foro Penal relatou a detenção de 46 pessoas em manifestações em todo o país. Durante os protestos, manifestantes derrubaram estátuas de Hugo Chávez, e a oposição apresentou alegações de fraude eleitoral, afirmando que Edmundo González Urrutia seria o verdadeiro vencedor.

As forças de segurança utilizaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes, que entoavam palavras de ordem como "Liberdade" e "este Governo vai cair". Os protestos também chegaram a áreas mais pobres de Caracas, que normalmente apoiam o governo de Maduro. Em algumas localidades, houve relatos de disparos.

Em uma transmissão ao vivo, Maduro afirmou que as forças de segurança estavam agindo contra “manifestantes violentos”. Ele declarou que as Forças Armadas continuam a apoiar seu governo, sem sinais de rompimento. "Estamos acompanhando todos os atos de violência promovidos pela extrema-direita. Posso assegurar ao povo da Venezuela que estamos agindo", afirmou. "Já conhecemos suas táticas".

O Observatório Venezuelano de Conflitos registrou 187 protestos em 20 estados até às 18h de segunda-feira (29), reportando atos de repressão e violência perpetrados por coletivos paramilitares e forças de segurança.

As manifestações ganharam força após a proclamação de Maduro pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para um terceiro mandato de seis anos. Maduro desconsiderou as críticas internacionais e da oposição sobre a contagem dos votos, chamando-as de um “golpe de Estado” com características “fascistas e contrarrevolucionárias”.

Após o anúncio, a líder da oposição, Maria Corina Machado, declarou que a análise dos registros de votação indicava que o próximo presidente seria Edmundo González Urrutia, com uma vantagem “matematicamente irreversível” de 6,27 milhões de votos contra 2,75 milhões para Maduro. O CNE, por sua vez, informou que Maduro recebeu 51,2% dos votos, enquanto González Urrutia obteve 44,2%.

Fonte: Brasil 247

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