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LEÃO XIV

Leão XIV liderou todas as votações do conclave e consolidou apoio com rapidez

Robert Francis Prevost, agora Papa Leão XIV, teve maioria já na primeira contagem e foi eleito com 89 votos após articulações no isolamento em Santa Marta

Da Redação

Sábado - 10/05/2025 às 10:30



Foto: Tiziana Fabi/AFP Papa Leão XIV durante seu primeiro discurso
Papa Leão XIV durante seu primeiro discurso

Desde o início das votações, o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost já era visto como o principal nome para se tornar Papa. De acordo com o jornal argentino La Nación, Prevost, agora Papa Leão XIV, liderou todas as votações e garantiu a maioria necessária já na quarta rodada, com 89 votos. A rapidez da escolha surpreendeu até os mais experientes da Igreja.

Prevost recebeu muitos votos logo no primeiro dia do conclave, ainda na tarde de quarta-feira. Durante a noite, nas conversas informais na Casa Santa Marta, onde os cardeais estavam hospedados, seu nome ganhou ainda mais apoio. Na quinta-feira à tarde, depois de mais duas votações e o almoço, ele foi oficialmente escolhido Papa.

O cardeal Joseph Tobin, amigo pessoal de Prevost há 30 anos, disse em entrevista que o viu tranquilo assim que aceitou a missão. “Quando ele disse sim, parecia que essa tarefa foi feita para ele. Toda ansiedade sumiu”, afirmou Tobin, que também agradeceu ao amigo por aceitar uma responsabilidade tão grande.

A eleição de um papa nascido nos Estados Unidos, mas também com cidadania peruana, representou algo novo e reuniu diferentes grupos dentro da Igreja, tanto progressistas quanto conservadores. Havia 133 cardeais votantes, de várias partes do mundo. Apesar das diferenças de cultura e idioma, a decisão foi rápida. “Em menos de 24 horas, conseguimos nos unir. Espero que isso seja um sinal positivo para o mundo”, comentou o cardeal Blase Cupich, de Chicago.

Cupich falou que o processo foi como uma experiência espiritual. “Quando as votações começaram, sentimos paz e seguimos unidos”, contou. O cardeal Wilton Gregory, também de Chicago, disse ao novo Papa: “De um morador do sul de Chicago para outro, prometo meu respeito, minha fidelidade e meu amor”.

Prevost não teve destaque nas reuniões anteriores ao conclave, conhecidas como congregações gerais. Mas, segundo os colegas, seu modo discreto e calmo de falar fez diferença. “Não foi que ele fez um discurso brilhante”, disse Gregory. Já o cardeal McElroy afirmou: “O que marcou foi o jeito como ele falou, mais do que o conteúdo”.

O cardeal Christophe Pierre, representante da Santa Sé nos EUA, resumiu o clima da escolha com uma frase forte: “Começamos de forma política, mas terminamos de forma mística”. Para ele, foi o Espírito Santo que ajudou os cardeais a chegar ao nome de Leão XIV. “Ele nos guiou. Não ficou apenas observando, mas nos moveu à ação.”

Um momento simbólico foi a homilia do frei Raniero Cantalamessa, logo após o início oficial do conclave. A pregação durou cerca de 40 minutos e teve grande impacto nos cardeais. Segundo Tobin, ele disse: “Sejam vocês mesmos”, o que marcou todos os presentes.

A escolha de Prevost, com sua origem americana, ligação com a América Latina e perfil conciliador, foi bem recebida pelos cardeais mais abertos e com cautela pelos conservadores. Mas o apoio forte e rápido mostra que sua liderança começou com firmeza dentro da Igreja.

Fonte: Brasil 247

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