
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (27) que há uma "boa chance" de acordo comercial com a União Europeia, mas confirmou que as tarifas comerciais impostas ao bloco entram em vigor na próxima sexta-feira, 1º de agosto, com exceção para os setores de aço e alumínio.
A declaração foi feita durante uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, realizada na Escócia. O encontro tem como objetivo discutir os impasses sobre o comércio entre os dois lados do Atlântico.
Segundo Trump, os principais pontos de discórdia são as barreiras europeias às exportações de automóveis e produtos agrícolas dos EUA. O presidente americano criticou o modelo de mercado europeu, classificando-o como “muito fechado”.
Quando questionado sobre a possibilidade de tarifas abaixo dos 15%, Trump foi direto: "se melhor significa menor, não". Ainda assim, afirmou que, caso um acordo seja fechado, o entendimento representará o fim da disputa tarifária com o bloco europeu. Ele também antecipou que produtos farmacêuticos devem ficar de fora das tarifas em negociação.
Por sua vez, von der Leyen defendeu que qualquer entendimento precisa estar baseado na “justiça e reequilíbrio” das relações comerciais. Antes do encontro, ela se referiu a Trump como um “negociador duro”, e destacou que, se houver acerto, será o maior acordo comercial já firmado entre as partes.
A relação comercial entre EUA e União Europeia movimenta cerca de US$ 1,9 trilhão anuais (equivalente a R$ 10,5 trilhões), segundo dados da agência France Press.
Caso o entendimento avance, os 27 Estados-membros da União Europeia deverão analisar e validar os termos do acordo. Uma reunião entre representantes do bloco está prevista para ainda este domingo, dependendo dos desdobramentos do encontro na Escócia.
Negociações com outros países
Além da União Europeia, Trump também mencionou que os Estados Unidos estão próximos de um acordo comercial com a China. Segundo ele, Camboja e Tailândia também manifestaram interesse em iniciar negociações tarifárias com o governo norte-americano.
Fonte: G1