A vereadora afastada Tatiana Medeiros (PSB), detida preventivamente na Sala de Estado Maior do Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar do Piauí, pode receber alta médica do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) nesta quarta-feira (22). A parlamentar foi transferida às pressas para o hospital após ser encontrada desacordada na cela, na manhã do dia anterior, quarta-feira (21) e, segundo boletim médico divulgado hoje, seu quadro de saúde é considerado estável.
De acordo com a assessoria do HUT, Tatiana "já recebeu o atendimento de urgência que é o perfil do hospital" e, por isso, "não é mais uma paciente com perfil de atendimento da unidade". A instituição informou ainda que a situação da vereadora foi comunicada ao órgão responsável por sua custódia, que deverá tomar as providências cabíveis. Dentre elas, uma possível transferência para unidade ambulatorial ou mesmo o retorno ao QCG.
Segundo informações apuradas pelo Piauí Hoje, a vereadora teria ingerido uma dose excessiva de medicamentos usados para controle de pressão arterial. A suspeita é de que essa automedicação "intencional" provocou a perda de consciência que levou ao socorro emergencial. O atendimento inicial foi realizado por uma equipe do Corpo de Bombeiros.
Tatiana foi levada diretamente para a Sala Vermelha do HUT, setor reservado para casos considerados graves. Segundo o hospital, apesar de a parlamentar não apresentar um quadro clínico de gravidade, sua permanência nesse espaço foi necessária por questões de segurança, já que ela está sob custódia policial.
"O HUT informa que a paciente já recebeu o atendimento de urgência que é o perfil do hospital. Ela está estável e agora não é mais uma paciente com perfil de atendimento da unidade. A situação foi comunicada para o órgão que está com a custódia para que as providências sejam tomadas", diz a nota divulgada pela assessoria da unidade hospitalar.
Prisão
Tatiana Medeiros foi presa preventivamente devido às investigações sobre crime eleitoral (compra de votos) e envolvimento com uma facção criminosa atuante na capital piauiense. Na terça-feira (20), durante uma vistoria de rotina na Sala de Estado Maior, policiais militares encontraram um tablet e um celular na posse da parlamentar. O porte desses dispositivos é vedado no ambiente de detenção. A própria Polícia Militar confirmou o achado.
Agora, a situação da vereadora depende da definição do comando da custódia. Caso não haja impedimentos legais, ela poderá ser transferida para acompanhamento em outra unidade de saúde, ou retornará à detenção no quartel da PM.
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