O relator do Projeto de Lei (PL) da Dosimetria, deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), declarou nesta segunda-feira (8/12) que seu texto não contempla, de maneira alguma, anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), minando qualquer chance de ele concorrer à Presidência da República no próximo ano, uma condição imposta pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para abrir mão de sua pré-candidatura. “Anistia para Bolsonaro está fora de questão”, reforçou.
“O PL está pondo dificuldade e não está aceitando [a dosimetria]. Se eles não aceitam, não tem votação. Se eles aceitam o meu projeto, a minha proposta tá resolvida”, declarou o deputado à reportagem.
“Meu texto contempla o Bolsonaro, só não resolve o problema dele. Só para ter uma ideia, a redução dele, no meu texto, cai de 27 anos e 3 meses para 2 anos e 4 meses. Quer benefício maior que esse?”, pontuou.
No domingo (7/12), em entrevista à Record, o filho 01 de Bolsonaro afirmou que o preço para retirar a pré-candidatura é a soltura do pai.
Ele reforçou que esse “preço” é o que chama de “justiça”. “E não é só justiça comigo, é justiça com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados. Estão dentro de um cativeiro, neste momento, junto com o presidente Jair Messias Bolsonaro. Então, óbvio que não tem volta. A minha pré-candidatura à Presidência é muito consciente. Ela é para representar grande parte da população brasileira que não aceita mais essa quantidade enorme de desmandos”, disse o senador.
Flávio ressaltou que a única forma de ele desistir da pré-candidatura é ter Bolsonaro “livre, nas urnas, caminhando com seus netos, filhos de Eduardo Bolsonaro, pelas ruas de todo o Brasil”. “Esse é meu preço”, emendou.
Fonte: Metròpoles