
A Secretaria de Estado da Justiça do Piauí enviou nota à imprensa onde esclarece que prestou todos os atendimentos e assistência aos internos da Cadeia Pública de Altos que faleceram em virtude da doença beribéri.
O site de notícia El Pais publicou reportagem no dia 2 onde denuncia que a falta de uma alimentação básica é realidade nas celas brasileiras e que o menos seis pessoas presas na Cadeia Pública de Altos (CPA), no Piauí, morreram no ano passado devido a um surto de beribéri, doença causada pela falta de vitamina B1 e relacionada a uma alimentação inadequada e pobre em nutrientes.
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Em suma, denuncia o site, morreram desnutridas. A conclusão consta em um relatório técnico do Ministério da Saúde obtido pelo EL PAÍS. A pasta fora acionada pelo Ministério Público do Piauí (MP-PI) para verificar as condições da prisão, gerida pela Secretaria da Justiça do Governo Wellington Dias (PT). De acordo com o documento, 199 dos 656 presos na CPA foram atendidos no serviço de saúde com sintomas e 56 foram internados.
A Sejus reitera que “uma enfermaria foi instalada na própria unidade prisional, a fim de dar um maior suporte aos detentos, evitando o translado de internos aos hospitais da rede pública de saúde. Além disso, foram feitas limpezas na tubulação e reservatórios de água do presídio, com o intuito de cessar a hipótese de intoxicação pela água.
Enquanto os reservatórios de água passavam por limpeza, os detentos recebiam água mineral. Também houve um reforço vitamínico e alimentar através de variações de cardápio, conforme instruções da equipe do Ministério da Saúde que esteve presente no local”.
Confira a nota na íntegra:
Nota de Esclarecimento
Acerca do incidente ocorrido em maio de 2020, na Cadeia Pública de Altos, a Secretaria de Estado da Justiça do Piauí esclarece que, desde o início do ocorrido, prestou todos os atendimentos e assistência aos internos que sentiram os sintomas. Em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí, uma enfermaria foi instalada na própria unidade prisional, a fim de dar um maior suporte aos detentos, evitando o translado de internos aos hospitais da rede pública de saúde. Além disso, foram feitas limpezas na tubulação e reservatórios de água do presídio, com o intuito de cessar a hipótese de intoxicação pela água. Enquanto os reservatórios de água passavam por limpeza, os detentos recebiam água mineral. Também houve um reforço vitamínico e alimentar através de variações de cardápio, conforme instruções da equipe do Ministério da Saúde que esteve presente no local. A Sejus reitera, ainda que, tem mantido a atenção redobrada na saúde de todo o sistema prisional, diante da pandemia por Covid-19.