Quem se joga no Carnaval precisa de resistência física para suportar a maratona de festas e o contato com grandes multidões. O professor de Fisioterapia Renato Almeida destaca que o uso de calçados adequados, como tênis confortáveis, é fundamental para evitar lesões articulares.
“O folião deve usar um tênis bem confortável e evitar sapatos com saltos, para ter menos impacto com o chão e maior estabilidade nos pés”, afirma. Ele também sugere a prática de exercícios voltados para a flexibilidade e mobilidade das articulações, além de alertar para a importância de descansar após cada dia de festa. “O que realmente faz a diferença para a saúde, durante e depois do Carnaval, é curtir a festa respeitando os próprios limites, tanto físicos quanto mentais”, destaca o especialista.
Na alimentação, a professora de Nutrição Renata Oliveira ressalta a importância de manter-se bem hidratado, principalmente com água de coco, para repor os eletrólitos perdidos com o suor. “Além disso, a alimentação deve ser leve, com vegetais, feijão com arroz e alimentos ricos em carboidratos, para reposição de energia”, recomenda.
Ela também orienta que a dieta inclua proteínas, como ovo, carne magra, frango sem pele ou peixe sem muito azeite, para ajudar a combater a fraqueza muscular. “Cuidado ao comer na rua. Observar a limpeza do local e evitar alimentos expostos sem proteção ou malpassados é essencial para prevenir intoxicações alimentares”, alerta a nutricionista.
A saúde da voz, muitas vezes esquecida, também precisa de atenção. O coordenador do curso de Fonoaudiologia, Rafael Cabral, explica que a ingestão de bebidas alcoólicas, o uso de cigarro e a competição sonora, com gritos e sons em volume alto, são os principais fatores que causam danos às cordas vocais. “Os maiores causadores de danos para a voz são a ingestão de bebidas alcoólicas, o uso do cigarro e a competição sonora”, aponta.
Ele recomenda que, caso a pessoa apresente rouquidão, beba bastante água e faça repouso vocal. “A rouquidão é transitória, pois indica edema (inchaço) nas pregas vocais, causado por múltiplos episódios abusivos durante um período. Se o problema persistir por mais de duas semanas, é necessário consultar um especialista”, completa.
A saúde auditiva também não pode ser negligenciada, como destaca a professora de Audiologia Julia Valente. “A intensidade sonora de um trio elétrico pode atingir entre 120 e 130 decibéis, enquanto o volume seguro para exposição é de no máximo 80 decibéis”, explica. Ela recomenda o uso de protetores auriculares e manter distância das caixas de som. “Sempre que possível, procure o repouso auditivo, afastando-se de locais barulhentos. Caso perceba zumbido ou sensação de ouvido tapado, procure um serviço de saúde imediatamente”, orienta a especialista.
Por fim, a professora de Enfermagem Aiara Amaral alerta para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (ISTs), que podem ser transmitidas principalmente pelo contato sexual sem proteção. “É importante usar preservativo em todas as relações. Se houve relação sem proteção, procure um serviço de saúde para realizar exames preventivos”, orienta. Ela também destaca a importância da profilaxia pós-exposição (PEP), que pode prevenir a infecção pelo HIV se iniciada em até 72 horas após a exposição ao vírus.
Fonte: ATcom
Siga nas redes sociais
