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Merlong Solano quer mais desenvolvimento econômico e quer prioridade para saúde e educação

Candidato à reeleição, Merlong diz que a economia precisa voltar a crescer para gerar empregos e oportunidades para os jovens empreendedores

Por Luiz Brandão

Quinta - 29/09/2022 às 16:56



Foto: Gabriel Paiva Merlong Solano
Merlong Solano

O deputado federal Merlong Solano, um dos fundadores do PT no Piauí, defende o crescimento econômico do estado e do país com distribuição de renda. Ele é candidato à reeleição e garante que se for reeleito vai continuar priorizando suas ações para as áreas da saúde, educação, agricultura familiar e a segurança pública.

Merlong é professor universitário, ex-secretário estadual de diversas pastas e também está empenhado no apoio a projetos de geração de emprego, políticas para a juventude, educação pública de qualidade e o fortalecimento do SUS.

Nesta entrevista ao Piauí Hoje, Merlong fala sobre política, excesso de poder econômico nas eleições, o apoio do Centrão ao Governo. Bolsonaro e sobre seu trabalho parlamentar.

A seguir, a íntegra da entrevista:

Repórter - A educação no Brasil vem sendo penalizada com cortes no orçamento e escândalos de corrupção no Ministério da Educação. O senhor tem uma postura firme em defesa da educação. O que pode ser feito para melhorar a educação no país?

Merlong - Como professor e como parlamentar, tenho me empenhado para defender a educação contra os ataques do governo federal: denunciei o desmonte e corte de recursos para as instituições federais, cobrei investigação dos esquemas de corrupção do MEC, solicitei o adiamento do Enem para depois da vacinação contra a Covid, cobrei a atualização dos valores das bolsas de pesquisa, dentre diversas outras ações.

Merlong apoia a luta dos povos indígenas e quilombolasA educação é e sempre será nossa prioridade, é patrimônio intransferível, é por meio dela que se quebra o ciclo de pobreza. Precisamos retomar o ciclo de desenvolvimento da educação com mais recursos e melhoria da gestão. E eu vou ajudar aprovando ações neste sentido e fiscalizando.

Nos governos Dilma e Lula havia essa prioridade de colocar recursos crescentes para a área de educação, tanto no sentido de garantir melhores salários para os professores através do piso nacional do magistério, quanto no sentido de garantir mais recursos para abrir escolas de tempo integral, que destinam uma maior atenção aos estudantes. Esse é o caminho, ao lado da universalização do acesso à educação, desde a educação infantil até o ensino médio.

Repórter – Além do acesso à educação, a juventude precisa de mais oportunidades. Que pautas o senhor defende para a juventude?

Merlong - O Brasil precisa se preocupar mais com a juventude, que se encontra sem perspectiva, desde o jovem que tem pouca qualificação e pouca escolaridade, até aquele que faz um curso superior. É preciso adotar programas que incentivem mais a ocupação e mais participação da juventude na economia.

Merlong é do time de Lula e AlckminA economia precisa voltar a crescer. Quando ela cresce, gera empregos e gera oportunidades para os jovens empreendedores, inclusive as universidades e os governos precisam adotar políticas claras de incentivo às startups, que são uma iniciativa que junta o saber e a tecnologia de professores e pesquisadores com a vontade de empreender da nossa juventude.

Repórter -  O senhor diz ter a saúde como prioridade. O que fez no seu mandato para ajudar a saúde?

Merlong - O sistema de saúde precisa de mais recursos, o SUS precisa ser fortalecido. Tenho alocado cerca de dois terços das minhas emendas para a área da saúde, justamente por compreender a gravidade da situação em que se encontra o país, com um governo que não cuida da saúde e que atrasou a compra das vacinas, que desorganizou o Programa Nacional de Imunizações, um dos melhores do Brasil.

Hoje estamos atrasados em todas as vacinações, inclusive contra a paralisia infantil. Por isso tudo, entendo a importância de parlamentares e dos governos estaduais e municipais investirem com força na saúde para compensar o enorme prejuízo causado pelo governo Bolsonaro. Eu tenho feito a minha parte, ano passado destinei R$ 29 milhões para a saúde, este ano foram mais de R$ 10 milhões. São recursos para melhorar a saúde na capital – como a emenda que destinamos ao Hospital São Marcos, para o tratamento de pessoas com câncer – e para diversos municípios do interior.

Repórter - Outra área que o senhor tem priorizado é a agricultura familiar. Ela consegue competir com a força do agronegócio?

Merlong - O agronegócio tem o seu lugar, um lugar importante voltado para a exportação, o que ajuda a arrecadar divisas para o Brasil, com as quais nós pagamos as nossas importações. Mas há muitas áreas que ele não atende e onde a agricultura familiar é fundamental, porque gera mais empregos, porque produz mais alimentos e ajuda a distribuir renda.

Há setores do agronegócio que só a agricultura pode ocupar. Um grande empreendedor não tem interesse em produzir, por exemplo, tomate cereja ou de produzir galinha caipira, ou de produzir mel, castanha de caju. Enfim, há diversas áreas em que a agricultura familiar tem vantagens sobre o agronegócio. E eu apoio a agricultura familiar por acreditar na sua força geradora de emprego e renda, por ser capaz de movimentar a economia das pequenas cidades. No meu mandato destinei cerca de R$ 14 milhões para este setor e se eleito é uma área que continuarei priorizando.

Repórter - Estamos na véspera das eleições. As pesquisas apontam que Lula pode vencer ainda no primeiro turno. Bolsonaro consegue mudar essa situação até domingo, dia 2?

Merlong - Sem dúvidas é Lula no primeiro turno, porque o Brasil já compreende o que é o governo Bolsonaro, o governo do desemprego, o governo da volta do Brasil ao mapa da fome, da inflação alta, do desrespeito ao meio ambiente e do sucateamento dos serviços públicos.

Repórter – Como o senhor avalia o excesso de apoio que Bolsonaro tem no Congresso Nacional?

Merlong - É um apoio que é fruto de corrupção. É um apoio que é fruto do desvirtuamento da democracia. Não é o apoio ideológico, apenas da sua base mais radical que o apoia ideologicamente. O resto é na base do favor, do dinheiro.

Repórter - Excesso de poder econômico ajuda ou prejudica o processo eleitoral?

Merlong - Dinheiro demais no Congresso Nacional e nas campanhas eleitorais corrompe a democracia brasileira. Tem candidato multimilionário tentando comprar mandato de deputado federal, inclusive no estado do Piauí, com certeza. Considerando que o salário de deputado não faz frente a despesas multimilionárias. Quem gasta muitos milhões para se eleger, fará de seu mandato uma banca de negócios para recuperar o dinheiro gasto.

A grande maioria daqueles que votam com o Bolsonaro votam em função de um tratamento privilegiado nos ministérios e, principalmente, das emendas secretas. As tais emendas do relator, pelas quais alguns parlamentares recebem muitos milhões de recursos de emenda para alocar em suas bases eleitorais. Portanto, não é democracia, é corrupção.

Repórter - Quais suas prioridades caso seja eleito para mais um mandato?

Merlong - Estou apresentando meu nome mais uma vez para ser o representante do povo piauiense e ajudar Lula na Câmara Federal. Reeleito, continuarei priorizando a saúde, a educação, a segurança e a agricultura familiar e trabalhando para garantir mais oportunidades para a juventude, apoio à ciência e tecnologia, ao empreendedorismo, à preservação ambiental. Também defenderei e apoiarei a retomada do crescimento econômico, priorizando as políticas públicas de distribuição de renda e inclusão social.

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