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NOVO RAMO

​​Economista perito financeiro garante justiça em disputas de valores

Profissionais analisam documentos e cálculos para assegurar decisões judiciais mais precisas e evitar cobranças indevidas

Da Redação

Domingo - 17/08/2025 às 11:31



Foto: economista Verônica Paraguaçu Martins
economista Verônica Paraguaçu Martins

Pouca gente fora do meio jurídico sabe, mas existe um trabalho técnico essencial para que juízes tomem decisões mais justas em casos que envolvem dinheiro: a perícia econômico-financeira. É o economista quem calcula, analisa documentos e aponta se há cobrança indevida, qual é o valor correto a pagar ou receber e quais critérios devem ser aplicados.

“O juiz entende da lei, mas não domina todos os detalhes técnicos sobre valores. É aí que entra o economista perito”, explicou a economista Verônica Paraguaçu Martins no podcast Mulher Mais, gravado no Dia do Economista, 13 de agosto. Ela foi entrevistada pela jornalista Michele Samia e pela ex-vereadora Rosário Bezerra.

Entrevista ao Podcast "Mulher Mais"O perito pode ser nomeado pelo juiz ou contratado por advogados, atuando em cálculos, apuração de valores e verificação de critérios como juros e correção monetária. Normalmente, esse trabalho é necessário em casos de desapropriação, revisão de contratos bancários, disputas tributárias, entre outros.

Ela destaca que o trabalho exige atualização constante, já que parâmetros e regras mudam com frequência, especialmente no meio jurídico. Além disso, a perícia também tem um forte caráter social, evitando abusos e garantindo que direitos sejam preservados. “Nosso trabalho pode mudar vidas e precisa ser feito com responsabilidade”, ressalta.

Apesar da predominância masculina na área, a participação feminina vem crescendo. Para Verônica, o olhar atento aos detalhes é um diferencial que ajuda na qualidade dos laudos e na confiança do Judiciário. “Cada detalhe pode mudar o rumo de um processo”, observa.

A economista reforça que o campo é promissor, tanto no setor público quanto no privado, envolvendo tribunais, sindicatos, associações e escritórios de advocacia. Para quem pretende seguir esse caminho, ela diz que o diploma é só o começo. “É preciso estudar continuamente, buscar especialização e se manter atualizado para acompanhar as mudanças.”

A entrevista completa do podcast Mulher Mais, gravado no estúdio do Portal Piauí Hoje, pode ser assistida no canal do portal no YouTube. Clique aqui e assista.

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