Educação

Policiais do Piauí são presos em Codó, no Maranhão

Piauí Hoje

Sábado - 07/03/2009 às 03:03



Estão detidos quarta delegacia regional de Codó os piauienses José Avelar de Sampaio Campelo ( professor de 50 anos), José Pereira da Silva ( militar da reserva, 52 anos) e o policial militar Edson Oliveira Silva, de 37 anos.Atividade do grupoDe acordo com o delegado regional de Codó, Eduardo Galvão, eles pertencem a um grupo que vinha extorquindo codoenses mediante ameaça de prisão. Eles acusavam a vítima de ter roubado motocicletas em Teresina. "Na realidade se tratava de uma quadrilha formada por 5 ou 6 pessoas que estavam vindo a Codó constantemente extorquir cidadãos do município alegando sempre que eles estavam de posse de uma moto roubada", disse o delegado.Apoio do PiauíO professor José Avelar, acusado pelas vítimas de se apresentar como promotor de Justiça, disse que tinha uma moto roubada em poder de pessoas de Codó. Ele conseguiu um mandado de busca e apreensão e veio executá-lo pessoalmente, inclusive com o aval da Secretaria de Segurança do Piauí. "A moto é minha está aqui o documento, tá atualizada e a moto foi roubada em Teresina por uma pessoa aqui de Codó, pessoa que chama de gaguinho, inclusive o mandado de prisão dele eu consegui. Já vim aqui 5 vezes, inclusive com ordem do secretário com dois policiais autorizados pelo secretário de Segurança do Piauí. Nunca tínhamos tido sucesso, dessa vez a gente veio, tivemos a informação que a moto estava aqui e realmente estava, chegamos lá apresentamos o documento, ele entregou a moto prontamente, sem problemas", explicou o professorDinheiroNa semana passada um episódio chamou a atenção da polícia de Codó. O grupo teria vindo a cidade e exigido de um mototaxista, identificado apenas como Junior (que vende e troca motocicletas), a quantia de R$ 1.000,00 para não levá-lo preso ao Piauí. Quem sustenta o fato é o cunhado de Junior, José Carlos da Silva, que afirma ter emprestado o dinheiro para que ele fosse liberado após ter sido detido pelo bando de posse da motocicleta que procuravam. "Eles estavam com o Junior já seqüestrado, ta entendendo? Aí se o Junior não desse R$ 1.000,00 pra eles, eles iam levar o Junior preso para o Piauí. Pediram pra eu não falar nada pra ninguém, senão eles levavam eles pra lá, nem pra polícia daqui, pra não falar pra ninguém", afirmou José Carlos.Os ciganos pegaramSobre o mesmo episódio o delegado Eduardo Galvão complementa informando que o valor total cobrado seria de R$ 2.000,00. Ontem os piauienses voltaram a cidade, recuperaram a moto de Junior e saíram em busca de outra que estaria em poder de um cidadão identificado como Marcelo. "Ontem pela manhã conseguiram recuperar esta moto furtada e já tendo feito vítima durante a semana, procuraram um outro cidadão e colocaram dentro do carro, quatro homens, ameaçaram, disseram que iam dar cabo da vida dele. Queriam que ele entregasse uma moto vermelha que ele nunca possuiu e este carro acabou sendo interceptado, eles foram presos por populares e conduzidos até a delegacia", explicou o delegado.O segundo homem detido pelos piauienses pertence à uma família de ciganos que habitam o bairro Trizidela. Foram eles quem, tentando resgatar o membro da família, acabaram forçando o grupo a chamar a polícia local para escapar da ira dos parentes do detido. Depois de ouvir toda a história o professor que, segundo a polícia, se passava por promotor de Justiça, o sargento da reserva que se passava por delegado e o PM Edson Oliveira Silva, que diz que veio pela primeira vez, acabaram sendo autuados em flagrante. "Eles estão sendo autuados pela formação de quadrilha, pelo porte ilegal de arma de fogo e, ao final, provavelmente serão indiciados também pela extorsão, que existem outros casos de extorsão envolvendo a quadrilha e pela falsidade por se passarem por promotores, delegado, policiais e nem todos são policiais", concluiu Eduardo Galvão.Na delegacia estão a moto recuperada pelos piauienses e o carro que usavam na ação, inclusive com projétil cravado no porta malas. Eduardo Galvão também informou que o grupo será indiciado por tortura.

Fonte: Imirante

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