
A cidade de Fartura do Piauí, localizada a cerca de 600 km de Teresina e com pouco mais de cinco mil habitantes, enfrenta uma das piores secas dos últimos anos. O reservatório do município, principal fonte de abastecimento da cidade, está completamente seco e até agora, em 2025, não choveu na região.
Sem água, moradores e animais convivem com dificuldades diárias. Atualmente, apenas 14 caminhões-pipa do Exército e cinco da Defesa Civil estadual atendem os moradores, número insuficiente para a demanda.
Em entrevista concedida à TV Clube, a secretária municipal de Agricultura, Rosileide Braga, explicou que a estiagem comprometeu toda a produção agrícola. Segundo ela, os produtores estão vendendo os animais para evitar a morte por sede ou fome. “Não temos feijão, mandioca, milho. Os produtores estão vendendo os animais a preços muito baixos para evitar que morram de sede ou fome. Hoje, sobrevivemos graças aos carros-pipa. Quem recebe um salário mínimo não consegue comprar água para viver; se comprar água, passa fome”, lamentou.
Caminhão-pipa levando água para os moradores de Fartura do Piauí
Em meio ao sofrimento das famílias e dos animais, o que impressiona é o valor de um caminhão com 8 mil litros de água, que custa R$ 1.200, valor impossível para muitas famílias, que acabam tendo que escolher entre comprar água para beber ou alimentos para sobreviver.
O coordenador da Defesa Civil Municipal, Nonato Araújo, relatou preocupação com o futuro do abastecimento de água, já que o contrato dos caminhões-pipa se encerra no dia 30 de agosto. “No ano passado, a Defesa Civil enviou nove veículos, mas neste ano, em que a situação é ainda mais grave, recebemos apenas cinco”, destacou.
Fonte: Tv Clube