
O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão encolheu em 0,4% nos últimos 3 meses de 2023, a informação foi divulgada pelo Gabinete do governo japonês nesta quinta-feira (15). Com a baixa, o país perdeu o posto de terceira maior economia do mundo para a Alemanha.
A retração do PIB japonês no último trimestre contrariou a previsão dos analistas, que era de uma alta de 1,1%. Com o segundo trimestre seguido de queda, o país está oficialmente em recessão.
Em 2010, o Japão já havia sido superado pela China, que assumiu o posto de segunda maior economia internacional. Segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), o país ainda deverá ser ultrapassado pela Índia, que ocupará a posição de quarta posição no raking em 2026.
Desde 2013, o banco central japonês adota medidas de flexibilização monetária, mantendo as taxas de juros em níveis baixos. No entanto, essa estratégia resultou na desvalorização do Iene (moeda do Japão), contribuindo para a queda do país no ranking das maiores economias do mundo.
Com isso, a recente baixa de 6,4% da moeda em relação ao dólar apresenta um novo desafio para o Banco do Japão (BOJ), que está considera o momento ideal para encerrar a política de taxas de juros negativas, algo que não ocorre desde 2007.
Diante desse cenário, o vice-ministro das Finanças para assuntos internacionais, Masato Kanda, sugeriu a possibilidade de intervenção cambial, destacando a preocupação com movimentos especulativos do mercado. Ele enfatizou a importância da estreita comunicação entre o governo e o BOJ, respeitando as decisões da política monetária.
Muitos analistas agora preveem que o presidente do banco central japonês, Kazuo Ueda, aumentará as taxas de juros em março ou abril. Essa mudança foi impulsionada pela valorização da moeda japonesa após a divulgação de números de inflação nos EUA acima do esperado, reduzindo as expectativas de cortes nas taxas pelo Federal Reserve e favorecendo o plano de aperto monetário no Japão.
Outro fator que reforça a possibilidade de aumento das taxas de juros é a persistência da inflação acima da meta de 2% do Banco do Japão desde abril de 2022.
Fonte: Poder 360, com informações do O Globo